Maduro expulsa embaixadores de países que contestaram eleições

O ministro das Relações Exteriores do governo Maduro disse que o país rejeita declarações de "um grupo de governos subordinados a Washington"

O governo venezuelano expulsou todo o corpo diplomático de sete países que contestaram o resultado das eleições presidenciais, nesta segunda-feira (29/7). De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (alinhado ao presidente), Maduro foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo.

Foram expulsos os embaixadores e diplomatas de Argentina, Uruguai, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá e República Dominicana.

Maduro foi eleito para seu terceiro mandato/Foto: Francisco Batista/AFP

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil Pinto, publicou uma carta com a expulsão dos corpos diplomáticos, na qual diz que o país “rejeita as ações e declarações de um grupo de governos de direita, subordinados a Washington e comprometidos abertamente com ideologias sórdidas do fascismo internacional”.

Também questionaram a vitória de Maduro na eleição os Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Itália, Equador, Peru, Colômbia, Guatemala e Portugal.

O Brasil ainda não se posicionou. O Itamaraty disse que acompanha com atenção a apuração dos votos e que espera as informações mais detalhadas, “dados desagregados”, pelo CNE. Esses dados incluem informações que estão nas atas, como dados por local de votação.

A oposição acusa o Conselho de ocultar atas para manipular o resultado das eleições. O grupo opositor argumentou que as pesquisas de boca de urna apontavam a vitória de Edmundo González sobre Maduro. Manifestantes saíram as ruas para protestar contra o resultado das eleições.

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