ContilNet Notícias

Maiores recordes olímpicos do Brasil: veja lista atualizada

Por Ge

Embora o Brasil não seja considerado uma das maiores potências olímpicas, o país conquistou um total de 150 medalhas em diversas edições dos Jogos. Em números absolutos, o único recorde olímpico brasileiro pertence a Thiago Braz, que cravou 6,03m no salto com vara no Rio 2016. Ainda assim, o país possui conquistas significativas na história olímpica. De Maria Lenk a Rebeca Andrade, passando por Rayssa Leal e César Cielo, confira a lista:

Maiores recordes olímpicos do Brasil

  1. Afrânio Costa, Guilherme Paraense e Sebastião Wolf (Tiro Esportivo)
  2. Maria Lenk (Natação)
  3. Adhemar Ferreira da Silva (Salto triplo)
  4. João do Pulo (Salto Triplo)
  5. Chiaki Ishii, Douglas Vieira e Aurélio Miguel (Judô)
  6. Aída dos Santos (Salto em Altura)
  7. Jacqueline Silva e Sandra Pires (Vôlei de Praia)
  8. Formiga (Futebol)
  9. Rodrigo Pessoa (Hipismo)
  10. Robert Scheidt e Torben Grael (Vela)
  11. Gustavo Borges (Natação)
  12. César Cielo (Natação)
  13. Maurren Maggi (Salto em Distância)
  14. Arthur Zanetti (Argolas)
  15. Thiago Braz (Salto com Vara)
  16. Rayssa Leal (Skate)
  17. Isaquias Queiroz (Canoagem)
  18. Rebeca Andrade (Ginástica Artística)

1. Afrânio Costa, Guilherme Paraense e Sebastião Wolf

Professor Olímpico tiro esportivo Guilherme Paraense e Afrânio Costa — Foto: Reprodução/TV Integração

Afrânio Costa, Guilherme Paraense e Sebastião Wolf integraram a delegação dos primeiros atletas brasileiros a competir nos Jogos Olímpicos modernos, em 1920, na cidade de Antuérpia, na Bélgica. Os três se destacaram na modalidade de tiro esportivo, retornando ao Brasil com medalhas e muitas histórias. Afrânio conquistou a primeira medalha brasileira na história olímpica ao garantir a prata na prova de pistola livre. Guilherme se tornou o primeiro brasileiro a conquistar uma medalha de ouro olímpica ao vencer a prova de pistola rápida de 30 metros. Por sua vez, Sebastião Wolf, ao lado de Costa, Paraense, Fernando Soledade e Dario Barbosa, conquistou o bronze na categoria por equipes.

Sebastião Wolf também detém o recorde de ser o atleta brasileiro mais velho a participar dos Jogos Olímpicos, competindo na Antuérpia aos 51 anos de idade.

2. Maria Lenk

Maria Lenk foi a primeira mulher sul-americana a competir nos Jogos Olímpicos, em Los Angeles 1932 — Foto: Getty Images

Maria Lenk foi uma pioneira na natação feminina. Ela fez história como a primeira mulher sul-americana a competir nos Jogos Olímpicos. Nos Jogos de Los Angeles 1932, ao 17 anos, Lenk foi a única mulher na delegação brasileira, que contava com 82 atletas e enfrentou uma viagem de 27 dias de navio do Brasil aos Estados Unidos. Embora o comitê brasileiro acreditasse que Maria pudesse conquistar uma medalha, seu desempenho não foi dos melhores: Lenk ficou em vigésimo lugar nos 100m livre, foi desclassificada nos 100m costas e ficou em décimo primeiro lugar nos 200m peito. Mas, independentemente do resultado, Maria Lenk abriu as portas para as mulheres nos Jogos Olímpicos.

3. Adhemar Ferreira da Silva

 

Adhemar Ferreira da Silva — Foto: Getty Images

Em 1952, nos Jogos de Helsinque, Adhemar Ferreira da Silva conquistou sua primeira medalha de ouro olímpica e estabeleceu um novo recorde mundial no salto triplo. Nesse dia histórico, o atleta brasileiro impressionou o mundo ao superar a marca dos 16 metros com saltos impressionantes de 16,05m, 16,09m, 16,12m e 16,22m. Quatro anos depois, nos Jogos de Melbourne 1956, Adhemar defendeu seu título olímpico com um salto de 16,35m e se tornou o primeiro atleta brasileiro a conquistar duas medalhas de ouro em Olimpíadas. Adhemar permaneceu como o único bicampeão olímpico do país por quase quatro décadas, até ser igualado pelos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, e por Giovanni e Maurício no vôlei de quadra.

Além do legado olímpico como competidor, Adhemar tem outra história fascinante no contexto olímpico: ele é o criador da tradicional “volta olímpica”, inaugurada em Helsinque quando o atleta deu uma volta completa no estádio para saudar a torcida e celebrar a conquista da medalha de ouro.

4. João do Pulo

João do Pulo Brasil Atletismo — Foto: Agência AFP

João Carlos de Oliveira seguiu os passos, ou melhor, os saltos, de Adhemar Ferreira da Silva. Em 1975, nos Jogos Pan-Americanos da Cidade do México, João estabeleceu o recorde mundial do salto triplo com a marca de 17,89m. Esta façanha não só lhe rendeu o recorde mundial, que permaneceu imbatível por uma década, mas também lhe deu o apelido de João do Pulo. Nos Jogos de Montreal 1976, João do Pulo conquistou a medalha de bronze no salto triplo com um salto de 16,90m. Quatro anos depois, nos Jogos de Moscou 1980, João chegou como favorito ao ouro no salto triplo. No entanto, ele foi prejudicado por decisões controversas dos juízes, que mostraram uma clara preferência pelos atletas soviéticos. Mesmo diante disso, João do Pulo garantiu mais um bronze para o Brasil.

O recorde mundial de João do Pulo foi quebrado por Willie Banks em 1985, quando o atleta americano alcançou a marca de 17,90m.

5. Chiaki Ishii, Douglas Vieira e Aurélio Miguel

Aurélio Miguel campeão olímpico de judô em Seul 1988 — Foto: David Finch/Getty Images

A modalidade que mais garantiu medalhas para o Brasil é o judô. Entre ouro, prata e bronze, o país conquistou incríveis 24 pódios na história dos Jogos. O pioneiro do tatame foi Chiaki Ishii, um atleta japonês naturalizado brasileiro, que venceu a disputa pelo terceiro lugar em Munique 1972. Demorou três ciclos olímpicos para que o Brasil conquistasse novas medalhas no esporte: Douglas Vieira (prata) e Luís Onmura e Walter Carmona (bronze) subiram ao pódio em Los Angeles 1984. O auge e a consolidação do judô brasileiro vieram com Aurélio Miguel, que conquistou o ouro em Seul 1988.

Desde então, o Brasil somou mais 20 medalhas: ouro para Rogério Sampaio (Barcelona 1992), Sarah Menezes (Londres 2012) e Rafaela Silva (Rio 2016); prata para Tiago Camilo (Sydney 2000) e Carlos Honorato (Sydney 2000); e bronze para Henrique Guimarães (Atlanta 1996), Aurélio Miguel (Atlanta 1996), Leandro Guilheiro (Atenas 2004), Flávio Canto (Atenas 2004), Leandro Guilheiro (Pequim 2008), Ketleyn Quadros (Pequim 2008), Tiago Camilo (Pequim 2008), Felipe Kitadai (Londres 2012), Mayra Aguiar (Londres 2012), Rafael Silva (Londres 2012), Mayra Aguiar (Rio 2016), Rafael Silva (Rio 2016), Daniel Cargnin (Tóquio 2020) e Mayra Aguiar (Tóquio 2020).

6. Aída dos Santos

Aída dos Santos competindo nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964 — Foto: Reprodução/COB

Aída dos Santos superou barreiras para entrar na história olímpica do Brasil. Negra, criada em uma favela e sem nenhum tipo de apoio (ela não tinha nem técnico), a atleta conquistou o melhor resultado até então de uma mulher brasileira nas Olimpíadas: ficou em quarto lugar no salto em altura nos Jogos de Tóquio 1964, com a marca de 1,74 metros. Ainda que não tenha conquistado uma medalha, Aída deteve o melhor resultado feminino nas Olimpíadas por 32 anos, até ser superada – e em grande estilo – pela dupla que será mencionada no tópico abaixo.

7. Jacqueline Silva e Sandra Pires

Jacqueline Silva e Sandra Pires conquistam o ouro no vôlei de praia dos Jogos Olímpicos de Atlanta 1996 — Foto: Arquivo / COB

Anos depois das portas abertas por Maria Lenk, Aída dos Santos e outras atletas mulheres, a primeira medalha feminina do Brasil nas Olimpíadas foi de ouro. Em 1996, nos Jogos de Atlanta, Jacqueline Silva e Sandra Pires alcançaram o Olimpo com uma emocionante e inédita medalha. Uma das maiores duplas da história do vôlei de praia, Jacqueline e Sandra conquistaram todos os torneios durante o ciclo olímpico. Quando chegaram a Atlanta, o título parecia inevitável.

Outro grande momento desse dia histórico foi a conquista da prata pelas também brasileiras Adriana Samuel e Mônica Rodrigues.

8. Formiga

Formiga disputou sete Jogos Olímpicos em sequência — Foto: Reprodução CBF

Miraildes Maciel Mota, a Formiga, tem uma carreira olímpica histórica. Ela ajudou a Seleção Brasileira a conquistar duas medalhas de prata, nos Jogos de Atenas 2004 e de Pequim 2008. Além disso, Formiga soma sete participações consecutivas nos Jogos Olímpicos (1996-2021) e divide com o velejador Robert Scheidt e o cavaleiro Rodrigo Pessoa o título de atleta brasileira com mais participações nas Olimpíadas. Nos Jogos de Tóquio 2020, Formiga também se tornou a atleta de futebol (entre homens e mulheres) mais velha a competir em uma Olimpíada, aos 43 anos.

9. Rodrigo Pessoa

Rodrigo Pessoa foi campeão olímpico de hipismo em Atenas 2004 — Foto: Luis Ruas

Ao lado do lendário cavalo Baloubet du Rouet, Rodrigo Pessoa conquistou a medalha de ouro nos Jogos de Atenas 2004. Prestes a completar 52 anos, o cavaleiro tem a oportunidade de se tornar o recordista brasileiro em participações nas Olimpíadas de Verão, superando Formiga e Robert Scheidt, com oito aparições. Além disso, Pessoa pode igualar a marca de Sebastião Wolf, tornando-se o brasileiro mais velho a disputar uma edição dos Jogos.

10. Robert Scheidt e Torben Grael

Robert Scheidt em ação nos Jogos de Tóquio — Foto: Clive Mason/Getty Images

Robert Scheidt é um dos maiores velejadores da história olímpica. Ele conquistou um total de cinco medalhas olímpicas em cinco Jogos consecutivos (1996-2012), sendo duas de ouro, duas de prata e uma de bronze. Scheidt participou de sete edições dos Jogos. Torben Grael é outro grande nome da vela brasileira, também com cinco medalhas olímpicas (dois ouros, uma prata e duas bronzes) em diversas classes. Grael participou de seis edições dos Jogos Olímpicos.

11. Gustavo Borges

Gustavo Borges (direita) ao lado de Alexander Popov (centro) e Gary Hall Jr, (esquerda) no pódio dos 100m livre em Atlanta 1996 — Foto: Simon Bruty/Allsport/Getty Images

Se Maria Lenk abriu as portas para a natação brasileira nos Jogos Olímpicos, os atletas Tetsuo Okamoto e Manoel dos Santos foram os primeiros medalhistas da modalidade nos Jogos de Helsinque 1952 e Roma 1960, respectivamente. O Brasil ficou sem uma conquista individual até os Jogos de Los Angeles 1984, quando Ricardo Prado conquistou uma prata nos 400m medley.

No embalo dos pioneiros, o atleta Gustavo Borges inaugurou a Era Borges na natação brasileira. Ao longo de quatro participações nos Jogos Olímpicos, o nadador conquistou quatro medalhas olímpicas: prata nos 100m livre em Barcelona 1992; prata nos 200m livre e bronze nos 100m livre em Atlanta 1996; e mais um bronze em Sydney 2000, junto com Edvaldo Valério, Carlos Jayme e Fernando Scherer no revezamento 4x100m livre.

12. César Cielo

Cesar Cielo foi o primeiro campeão olímpico da natação brasileira, em Pequim 2008 — Foto: AFP

Embora Gustavo Borges seja uma referência no esporte, César Cielo é o nadador brasileiro mais bem-sucedido da história olímpica. Ele estabeleceu os recordes olímpicos dos 100m livre (47s21) e dos 50m livre (21s30) durante os Jogos de Pequim 2008, onde conquistou uma medalha de ouro e uma de bronze. Os recordes de Cielo perduraram por 13 anos, até serem quebrados pelo nadador americano Caeleb Dressel nos Jogos de Tóquio 2020, com tempos de 21s07 nos 50m livre e 47s02 nos 100m livre.

13. Maurren Maggi

Maurren Maggi dando a volta olímpica após o ouro no salto em distância em Pequim 2008 — Foto: Stu Forster / Getty Images

Maurren Maggi conquistou a medalha de ouro no salto em distância nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, com um salto de 7,04m. Com essa vitória, ela se tornou a primeira mulher brasileira a ganhar uma medalha de ouro em uma prova individual de atletismo.

14. Arthur Zanetti

Arthur Zanetti conquista o ouro nas argolas nas Olimpíadas de Londres 2012 — Foto: Ronald Martinez/Getty Images

Arthur Zanetti fez história ao se tornar o primeiro ginasta brasileiro a ganhar uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos, vencendo a competição de argolas em Londres 2012. No ciclo olímpico seguinte, Zanetti conquistou a medalha de prata na mesma prova nos Jogos do Rio 2016.

15. Thiago Braz

Thiago Braz salto com vara campeão olímpico no Rio 2016 — Foto: Agência Reuters

Thiago Braz é o único brasileiro a deter um recorde olímpico. Ele estabeleceu essa marca nos Jogos Olímpicos Rio 2016, no salto com vara, ao alcançar 6,03m. Além de registrar o recorde, Thiago conquistou a medalha de ouro ao derrotar o então campeão olímpico e recordista mundial, Renaud Lavillenie. Sua participação nos Jogos de Tóquio 2020 foi positiva, com a conquista da medalha de bronze, e o seu recorde olímpico no salto com vara sendo mantido.

16. Rayssa Leal

Rayssa Leal foi medalha de prata no skate street das Olimpíadas de Tóquio 2020 — Foto: André Durão

Rayssa Leal é um fenômeno do esporte mundial. Aos 13 anos, seis meses e 21 dias, a “Fadinha” se tornou a atleta brasileira mais jovem, entre homens e mulheres, a conquistar uma medalha olímpica. Ela alcançou essa marca nos Jogos de Tóquio 2020, ao ganhar a medalha de prata na categoria street do skate. Rayssa quebrou o recorde anterior de Rosângela Santos, que havia conquistado o bronze aos 17 anos no revezamento 4x100m rasos no atletismo, nos Jogos de Pequim 2008. O título de mais jovem medalhista olímpico da historia pertence a Dimitrios Loundras que, com 10 anos e 218 dias, foi bronze na ginástica por equipes em 1896.

17. Isaquias Queiroz

Isaquias Queiroz é ouro no C1 1000m nas Olimpíadas de Tóquio — Foto: Jonne Roriz/COB

Isaquias Queiroz fez história nos Jogos Olímpicos Rio 2016 ao se tornar o primeiro brasileiro a ganhar três medalhas em uma única edição dos Jogos: duas pratas e um bronze. O auge veio em Tóquio 2020, quando o canoísta conquistou uma medalha de ouro na modalidade C1 1000m.

18. Rebeca Andrade

Rebeca Andrade foi medalha ouro no salto sobre a mesa nas Olimpíadas Tóquio 2020 — Foto: Laurence Griffiths/Getty Images

Rebeca Andrade entrou para a história do esporte brasileiro ao se tornar a primeira brasileira a ganhar uma medalha no individual geral de ginástica artística. Ela conquistou a medalha de ouro nos Jogos de Tóquio 2020. Na mesma edição olímpica, Rebeca também conquistou uma medalha de prata, tornando-se a primeira ginasta brasileira a vencer múltiplas medalhas em uma única edição dos Jogos.

Sair da versão mobile