Uma mulher americana foi acusada de homicídio imprudente após supostamente sufocar seu “filho adotivo” de 10 anos. De acordo com a polícia, Jennifer Lee Wilson, de 48 anos, tem 154 quilos e se sentou sobre a criança por vários minutos. O caso ocorreu em abril, mas apenas neste mês a mulher foi presa.
Segundo documentos judiciais, o menino, que se chamava Dakota Levi Stevens, teria tentado fugir para a casa de um vizinho, o que levou à Wilson tentar impedi-lo de “se comportar mal”. Para isso, a mulher sentou sobre o menino do lado de fora da casa onde moravam.
O pai tentou ligar para a assistente social enquanto a criança gritava de dor após a agressão. No entanto, Dakota acabou parando de se mexer, de acordo com um depoimento obtido pelo Indianapolis Star.
A mulher foi presa neste sábado e pode pegar até seis anos de prisão caso seja condenada. Dakota não era legalmente filho de Wilson e estava sob seus cuidados mediante ao regime “foster care” — ou acolhimento familiar, em português —, em que uma pessoa autorizada pelo estado acolhe um ou mais menores, até que sejam levados a lares permanentes.
O crime
Dakota teria ido até a casa de uma vizinha e implorada para que ela o adotasse e afirmou que seus pais adotivos o agrediram no rosto. Entretanto, a vizinha afirmou não ter visto nenhum ferimento visível no menino.
Uma câmera localizada na campainha da casa de Wilson mostrou imagens da mulher sentada em cima do menino — mesmo depois de ele ter parado de se mexer, de acordo com depoimento. Em determinado momento, Wilson pergunta se Dakota estava fingindo, mas viu que suas pálpebras estavam pálidas, afirmam os documentos do tribunal, exibidos pela NBC Chicago.
Quando os policiais chegaram, Dakota não estava mais respirando e não tinha pulso. Wilson parecia “visivelmente perturbada” enquanto a equipe de emergência tentava salvar o menino.
“Eu estava sentada nele e ele estava fazendo pirraça”, Wilson teria dito a outra criança que estava assistindo à cena e que ligou para a emergência, de acordo com informações da Fox 8.
A “mãe adotiva” teria ficado em cima dele por cerca de cinco minutos.
O menino foi levado de avião para um hospital, mas foi declarado morto dois dias depois. Sua morte foi considerada um homicídio em decorrência de asfixia mecânica, apontou o médico legista responsável por sua autópsia.