O influenciador e humorista Nego Di foi preso em 14 de julho, em Santa Catarina e transferido para o Rio Grande do Sul, por suspeita de estelionato. Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, a suspeita é que ele tenha lesado pelo menos 370 pessoas com a venda de produtos por meio de uma loja virtual da qual é proprietário.
Em prints obtidos pelo Metrópoles, uma das vítimas tenta resolver a situação com Nego Di, mas não obtém sucesso. Primeiro, a vítima (mensagens em verde) reclama do atraso para a entrega de um produto. Em seguida, tenta conseguir um reembolso. Por fim, acaba se revoltando e começa a ironizar o humorista.
Durante a conversa, Nego Di (mensagens em branco) chega a afirmar que não vai roubar a vítima e que tudo seria resolvido.
Segundo a polícia, os itens vendidos por Nego Di nunca foram entregues. Os fatos teriam ocorrido em 2022. A investigação, atualmente, mapeou 370 pessoas que teriam sido lesadas, o que resultaria em um prejuízo de R$ 330 mil, mas a suspeita é de que a movimentação financeira em contas bancárias ligadas a ele passaria de R$ 5 milhões.
Anderson Boneti, sócio de Nego Di, também teve prisão preventiva decretada. Ele foi preso em fevereiro de 2023, na Paraíba, mas acabou solto dias depois. A loja virtual Tadizuera esteve em atividade entre 18 de março a 26 de julho de 2022 e foi proibida de funcionar pela Justiça.
Nego Di fazia publicidade para a marca, que vendia produtos abaixo do preço de mercado. Os seguidores do ex-BBB disseram que fizeram as compras, mas nunca receberam os produtos.
Delegado diz que Nego Di debochou de vítimas
O ex-BBB e influenciador Nego Di foi preso no último final de semana na praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis (SC). Pouco depois da prisão, a Polícia Civil falou sobre as investigações e citou vídeos em que o humorista debochava das vítimas da loja virtual.
“Há inclusive vídeo em que Nego Di se manifesta de forma debochada brincando em relação às pessoas que não receberam os bens, enquanto se deslocava em carro de luxo, uma Mercedes branca, conversível, chegando em seu restaurante”, declarou Cristiano Reschke, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana, com sede em Canoas (RS).