A jornalista, influencer e drag queen Estella Martins – apenas Ella – participou de um vídeo de divulgação sobre seu processo de retificação de seu nome no Registro Geral (RG) nesta segunda-feira (22). Ela também refletiu sobre a troca nos documentos para os pronomes com os quais se identifica no vídeo.
Em março deste ano, em publicação no seu Instagram, anunciou sua transição de gênero aos seguidores que a acompanham/Foto: Reprodução/Instagram
“Olá, sou Estela Martins. Hoje vim buscar o meu RG, né? Alguns dias atrás, vim aqui na Oca para solicitar o meu novo RG, pois fiz uma retificação de prenomes e gênero no URG. Ele é um documento que, através dele, você consegue retificar todos os outros documentos. Então, foi a partir daí que eu pensei: preciso ir atrás, primeiramente, do meu documento de RG”, disse no vídeo.
Anteriormente, Estella Martins recebeu sua nova certidão de nascimento, com seu novo retificado.
Em março deste ano, em publicação no seu Instagram, anunciou sua transição de gênero aos seguidores que a acompanham. Ella, como é apelidada, é conhecida também por sua drag, Ágata Power.
“Acho que é uma realização pessoal também, afinal de contas, o nosso nome é importante para que a gente se reconheça como ser social. Eu estou muito feliz e realizada. Este é o primeiro passo para outros que virão, para obter os outros documentos que preciso, né? Para continuar sendo a cidadã que sempre quis ser”, finalizou Ella sobre a posse de seus documentos.
Ella Martins
Em entrevista ao ContilNet, a jornalista falou sobre sua transição. Ela afirma que hoje entende a necessidade de ser como quer ser:
“Hoje entendo que não é sobre agradar as pessoas que eu amo, não é sobre ser como elas gostariam que eu fosse, e sim sobre os meus anseios, sobre aquilo que eu preciso fazer pra ser feliz”, diz.
Além disso, ela explica que todo o processo foi muito custoso, tendo gasto cerca de R$300 apenas com a retificação de sua certidão de nascimento, e pontua que projetos sociais para atender essas pessoas são necessários.
“Para uma pessoa de baixa renda é complicado, às vezes, por exemplo, é necessário que essa pessoa tenha acesso aos documentos através de programas sociais, como o projeto cidadão, para retirar todos esses outros documentos de novo”, sugere.
