O projeto do vereador Arnaldo Barros, que defende a presença de bíblias nas escolas públicas de Rio Branco, continua tendo repercussão. Desta vez o promotor de justiça dos direitos humanos, Thales Ferreira, comentou o assunto, durante evento de assinatura de termo de compromisso nacional com a população de rua, na sede do Ministério Público do Acre, na manhã desta quinta-feira (18).
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Ferreira defende de forma clara a sua não recomendação de bíblias nas instituições de ensino. “O estado é laico, isso é um principio constitucional. Quando impomos isso [de inserir a bíblia nas escola], prestigiamos uma religião em detrimento de outra”, explica ele.
O promotor reforça ainda que o MP apenas busca que todos sejam respeitados, independente de seu credo religioso ou ausência dele.
“Precisamos ter respeito à diversidade religiosa, queremos apenas que as pessoas respeitem umas às outras e suas diferenças, é um direito constitucional, um direito humano e fundamental das pessoas a diversidade religiosa. Impor uma opinião em favor do detrimento da minoria não é constitucional”, reforçou Ferreira.