Pior dor do mundo: hospital tratará neuralgia do trigêmeo de graça

Após repercussão do caso de Caroline Arruda, Santa Casa de Alfenas, onde ela está se tratando, abre cadastro para pacientes com dor intensa

Por conta da repercussão do caso da estudante Carolina Arruda, de 27 anos — que têm neuralgia do trigêmeo, apelidada de “a pior dor do mundo” –, e ao aumento de recursos para o programa de controle de dor do hospital, a Santa Casa de Alfenas (MG) decidiu abrir um cadastro para receber, sem custos, mais 50 pacientes que tenham dores persistentes por causa da doença.

As inscrições devem ser feitas por e-mail pelo endereço [email protected], e os casos serão avaliados pela administração da Santa Casa.

É preciso ter comprovação da condição por laudo médico, mostrar que não possui condições econômicas para financiar o tratamento de forma particular e um documento que prove que os custos para sustentar o paciente em Alfenas durante o tratamento serão pagos pela secretaria de saúde do município de origem. Os casos mais graves terão maior prioridade.

“A neuralgia do trigêmeo é uma das dores mais excruciantes que existem. Embora ela se manifeste em ondas, a sensação é parecida com a de ter um ferro de passar quente queimando a pele do rosto em tempo integral”, descreveu o anestesiologista Carlos Marcelo de Barros, presidente da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED) e responsável pelo tratamento de Carolina, em entrevista anterior ao Metrópoles.

A mineira quer fazer eutanásia (o suicídio assistido) por conta das dores intensas e constantes que sente diariamente, mas decidiu participar de tratamentos experimentais como uma de suas últimas tentativas para aliviar os sintomas.

A dor pode ocorrer por vários motivos, mas costuma aparecer especialmente com a compressão vascular do nervo dentro do crânio, o que gera dores intensas, geralmente em apenas um dos lados da face. A compressão da artéria intracraniana, principalmente na saída do nervo no tronco cerebral, pode ser causada por tumores, cirurgias, ou mesmo por condições não conhecidas.

O tratamento é feito com medicamentos analgésicos potentes, uso de anticonvulsionantes ou com a resolução cirúrgica daquilo que está provocando a compressão dos nervos. Os casos, porém, devem ser tratados individualmente e dependem de diversos fatores.

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