Na última quarta-feira (24), a qualidade do ar em Porto Velho foi a pior do Brasil, conforme monitoramento em tempo real da IQAir, uma empresa suíça especializada em tecnologia de qualidade do ar, que avalia níveis de poluição em diversos países.
Nesse dia, o Índice de Qualidade do Ar (IQA) na capital de Rondônia atingiu 132, o mais alto do país, indicando uma condição “insalubre para grupos sensíveis”. Quanto maior o IQA, mais poluído e prejudicial é o ar.
O principal poluente em Porto Velho é o PM 2,5, uma partícula inalável ultrafina difícil de ser eliminada pelo corpo. A concentração desse poluente é 9,6 vezes maior que o limite anual recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
As principais fontes desse material particulado incluem a queima de combustíveis fósseis, queima de biomassa, emissões agrícolas de amônia e atividades de construção e pavimentação.
Especialistas atribuem essa má qualidade do ar principalmente ao desmatamento e às queimadas. No ranking do IQA daquele dia, Porto Velho superou cidades como Campinas (SP), com índice 99, e São Paulo (SP), com 75.
Outras plataformas, como o sistema “Purple Air” (Ar Roxo), também confirmam a grave situação da qualidade do ar, registrando um IQA de 144.
Os principais parâmetros usados para avaliar a qualidade do ar incluem variáveis meteorológicas (umidade, temperatura) e a concentração de poluentes atmosféricos como material particulado (PM), monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2), óxidos de nitrogênio (NOx) e metano (CH4).
Em Porto Velho, a concentração de PM 2,5 é de 48,1 µg/m³, 9,6 vezes acima do valor anual recomendado pela OMS, segundo monitoramento em tempo real da IQAir.
No relatório World Air Quality de 2023 da IQAir, a capital rondoniense apresentou um índice de 14,3 para material particulado fino (com 2,5 microns ou menos), excedendo de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS. O Brasil está em 83º lugar no ranking mundial.