Após meses de discussões com a reitoria da Universidade Federal do Acre (Ufac), os docentes da instituição deliberaram pela suspensão da greve geral, nesta quarta-feira (3).
Nesta semana, os docentes chegaram a anunciar que a reitora Guida Aquino se recusou a assinar o termo de compromisso com as demandas dos grevistas.
O termo de compromisso levou em consideração as pautas locais, justamente porque a exigências do Comando Geral Nacional da greve, já haviam sido debatidas com o Governo Federal.
Entre os pedidos feitos pelo Comando da Greve estava a resolução de problemas como a falta de alimentação no almoço e lanche da tarde dos olhos, falta de segurança no campus, transporte para a educação física em outros locais e uma apuração das denúncias de assédio sexual. Essas são demandas apresentadas pelo Colégio de Aplicação, que fica sob demanda da Ufac.
A data para retorno das aulas, no entanto, dependerá de aprovação de calendário acadêmico pelo Conselho Universitário.
“Após 61 dias em greve, o movimento docente demonstrou um vigor sindical como há muito tempo não se via na Ufac. A falta de prioridade do ensino, pesquisa e extensão nos gastos da universidade e as precárias condições de trabalho e ensino foram publicizadas e se tornaram o centro de todo nosso debate nesses dias de paralisação. Graças às professoras e professores em luta, obtivemos muitas conquistas e que já estão sendo implementadas”, diz o trecho de um texto enviado pelo comando grevista.
“Seguimos, com Paulo Freire, esperando que a gestão superior da Ufac “diminua a distância entre o que se diz e o que se faz”. A luta pela universidade pública e democrática segue viva”, finaliza.