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Quais são os times que menos descansam desde o início do Brasileirão? Veja a lista

Por Ge

O calendário apertado faz o futebol brasileiro ter pouco tempo de descanso entre as partidas de todos os campeonatos disputados por cada equipe da elite. O pouco período entre os compromissos é tema constante de reclamação de treinadores e dirigentes dos clubes da Série A.

Time com mais jogos na temporada (45 partidas), o Fortaleza é quem menos descansa neste ano e também desde o início do Campeonato Brasileiro. Uma média 5.530 minutos entre os jogos, considerando o calendário todo, ou 5.309 minutos desde o início do Brasileirão.

Marinho sente dor em jogo do Fortaleza — Foto: Agif

Assim como o Fortaleza, o Cuiabá também está entre os times com menor tempo médio de descanso na temporada e desde o início do Brasileirão: 5.765 minutos e 5.444 minutos, respectivamente. Ou seja, o Dourado entra em campo a cada 96 horas no ano ou 91 horas desde a sua estreia no Campeonato Brasileiro.

Líder do Brasileirão, o Flamengo joga um jogo a cada 5.988 minutos em média desde o início do torneio e aparece como o terceiro time com menos descanso no período. Veja a lista completa abaixo:

Times com menor tempo médio de descanso entre as partidas desde o início do Brasileirão de 2024 — Foto: Espião Estatístico

A carga de menos 6.000 minutos em média entre os jogos (cerca de 99,8h) tem impactado diretamente o Flamengo, que tem sofrido com o desgaste da sequência de jogos. A equipe perdeu o atacante Bruno Henrique por lesão no último jogo e o técnico Tite voltou a criticar o calendário e o período de intervalo entre as partidas.

– Vou falar um pouco pessoal. Eu fui dormir ontem. O primeiro dia depois do jogo (contra o Atlético-MG) você não descansa, tem a energia. Eu não sei se, o Bruno Henrique estando limpo, ele consegue sair do contato e não machucar. Mas quando há jogos excessivos a propensão de um atleta machucar é muito maior. Fica o registro. Se o sindicato dos atletas colocou que 66 horas é o tempo mínimo (entre uma partida e outra), eles estão errados também. Estou colocando na condicional. Eu não sei se isso pode ter influenciado a ele ter se machucado – afirmou.

Tite em Cuiabá x Flamengo — Foto: Wagner Meier/Getty Images

Em nota, o sindicato rebateu as declarações informando que não são defensores do intervalo mínimo de 66 horas entre as partidas, mas que aceitaram acordo com a CBF em 2017 para reduzir o tempo de 72 horas para 66 horas para permitir a adequação do calendário do futebol brasileiro.

– Sabemos que 66 horas não é o ideal, mas mediante ao calendário e o excesso de jogos, não haveria como aplicar as 72 horas. Ficaria inviável compor as tabelas das diversas competições. Os clubes se permitem participar de quatro, cinco ou até seis competições anualmente, sob o argumento da necessidade de arrecadação. Portanto, são sabedores dos riscos que seus atletas irão correr por optarem por disputar todas essas competições em um período de dez meses.

Veja a nota na íntegra abaixo com o detalhamento do caso:

Nota do sindicato dos atletas do Rio de Janeiro — Foto: Reprodução

Presidente da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf), Jorge Borçato disse que a entidade busca sempre a integridade física e saúde dos atletas e que a reivindicação sempre foi de 72 horas do intervalo entre as partidas, com base em laudos clínicos. De acordo com Borçato, ainda busca rever o acordo das 66 horas para retomar o período mínimo para 72 horas.

– O acordo de 66h é o mínimo de intervalo entre partidas, podendo ser mais do que essas horas intervalares, inclusive o próprio clube e federação no momento do calendário do campeonato pode aumentar o período entre as partidas para que aquele atleta participe. Isso é uma questão de logística. Agradecemos a solidariedade do professor Tite, preocupado com a situação dos atletas. Precisamos da ajuda de todos que estão vinculados ao futebol, afinal, os atletas são os protagonistas do espetáculo. Defendemos as condições de trabalho, integridade física e saúde dos atletas.

Tempo de descanso entre os jogos na temporada toda

Assim como desde o início do Brasileirão, Fortaleza e Cuiabá são os times com menor descanso considerando todos os compromissos de 2024. O clube cearense disputou cinco competições neste ano: Cearense, Copa do Nordeste, Copa do Brasil, Sul-Americana e Brasileiro. O clube mato-grossense também teve cinco torneios para disputar na temporada: Mato-Grossense, Copa Verde, Copa do Brasil, Sul-Americana e Brasileirão.

Com 42 jogos disputados no ano, Bahia e Botafogo aparecem na sequência com um jogo a cada 101 horas em média cada. O menor tempo entre os jogos dos dois times neste ano é igual: 3.990 minutos – ou cerca de 66 horas. Isso aconteceu em dois momentos para cada clube (veja no fim da matéria os detalhes de maior e menor tempo entre os jogos de cada equipe).

Confira abaixo os times com menor tempo médio de descanso entre as partidas em 2024:

Times com menor tempo médio de descanso entre as partidas desde o início da temporada de 2024 — Foto: Espião Estatístico

Eliminado precocemente do Campeonato Carioca, o Vasco é o time com menos jogos disputados na temporada até aqui, ao lado do Juventude. Ambos entraram em campo 32 vezes. O clube carioca, porém, tem um tempo médio de descanso maior que o clube gaúcho. São 7.940 minutos em média entre os jogos neste ano. O que ajuda a explicar isso foi o período sem compromissos entre a eliminação no estadual e a estreia no Brasileirão: foram 40.320 minutos sem entrar em campo ou 672 horas.

O maior período sem jogar no ano é do Juventude: 48.960 minutos ou 816 horas sem entrar em campo. A explicação da ausência do clube jaconero se deve às enchentes do Rio Grande do Sul, em maio, que provocou a paralisação do Campeonato Brasileiro por duas rodadasGrêmio e Internacional também tiveram longos períodos sem jogos por causa da tragédi

Veja abaixo o menor e o maior período sem jogos de cada clube da Série A em 2024:

  • Menor tempo entre as partidas: 4.050 minutos (67,5h) – jogos entre as rodadas 7 e 8 do Paranaense entre os dias 7 e 10 de fevereiro
  • Maior tempo entre as partidas: 21.600 minutos (360h) – jogos entre as rodadas 5 e 6 da Sul-Americana nos dias 15 e 30 de maio
  • Menor tempo entre as partidas: 3.960 minutos (66 horas) – jogos entre as rodadas 7 e 8 do Goiano entre os dias 9 e 12 de fevereiro
  • Maior tempo entre as partidas: 15.840 minutos (264 horas) – jogos entre o duelo de ida terceira fase da Copa do Brasil e a 6ª rodada do Brasileirão entre os dias 1 e 12 de maio

Atlético-MG:

  • Menor tempo entre as partidas: 4.110 minutos (68,5 horas) – jogos entre a estreia na Libertadores e o duelo de volta da decisão do Mineiro entre os dias 4 e 7 de abril
  • Maior tempo entre as partidas: 18.570 minutos (309,5 horas) – jogos entre o duelo de volta da semi do Mineiro e o jogo de ida da decisão do estadual entre os dias 17 e 30 de março

Bahia:

  • Menor tempo entre as partidas: 3.990 minutos (66,5 horas) – aconteceu duas vezes: jogos entre a 6ª rodada do Baiano e a 3ª rodada da Copa do Nordeste entre os dias 7 e 10 de fevereiro + jogos entre a 5ª rodada da Copa do Nordeste e o duelo de ida da semifinal do Baiano entre os dias 6 e 9 de março
  • Maior tempo entre as partidas: 16.170 minutos (269,5 horas) – jogos entre as rodadas 7 e 8 do Brasileiro entre os dias 2 e 13 de junho

Botafogo:

  • Menor tempo entre as partidas: 3.990 minutos (66,5 horas) – aconteceu duas vezes: jogos entre as rodadas 3 e 4 do Carioca entre os dias 24 e 27 de janeiro + jogos entre o duelo de ida da segunda fase da Libertadores e a 10ª rodada do Carioca entre os dias 21 e 24 de fevereiro
  • Maior tempo entre as partidas: 14.460 minutos (241 horas) – jogos entre o duelo de volta da semi da Taça Rio e o duelo de ida da final da Taça Rio entre os dias 17 e 27 de março
  • Menor tempo entre as partidas: 4.110 minutos (68,5 horas) – jogos entre as rodadas 8 e 9 do Paulista entre os dias 14 e 17 de fevereiro
  • Maior tempo entre as partidas: 14.730 minutos (245,5 horas) – jogos entre as rodadas 7 e 8 do Brasileirão entre os dias 1 e 11 de junho
  • Menor tempo entre as partidas: 4.080 minutos (68 horas) – jogos entre as rodadas 14 e 15 do Brasileirão entre os dias 4 e 7 de julho
  • Maior tempo entre as partidas: 27.450 minutos (457,5 horas) – jogos entre a segunda fase da Copa do Brasil e a estreia na Sul-Americana entre os dias 14 de março e 2 de abril
  • Menor tempo entre as partidas: 4.020 minutos (67 horas) – jogos entre a primeira fase da Copa do Brasil e a 11ª rodada do Catarinense entre os dias 28 de fevereiro e 2 de março
  • Maior tempo entre as partidas: 33.120 minutos (552 horas) – jogos entre os duelos da terceira fase da Copa do Brasil entre os dias 30 de abril e 23 de maio
  • Menor tempo entre as partidas: 3.990 minutos (66,5 horas) – jogos entre a estreia na Sul-Americana e o duelo de volta da decisão do Mineiro entre os dias 4 e 7 de abril
  • Maior tempo entre as partidas: 20.160 minutos (336 horas) – aconteceu duas vezes: jogos entre o duelo de volta da semi do Mineiro e o jogo de ida da decisão do estadual entre os dias 16 e 30 de março + jogos entre as rodadas 5 e 6 da Sul-Americana entre os dias 16 e 30 de maio

Cuiabá:

  • Menor tempo entre as partidas: 2.820 minutos (47 horas)* – jogos entre a primeira fase da Copa do Brasil e a 9ª rodada do Mato-Grossense entre os dias 22 e 24 de fevereiro
  • Maior tempo entre as partidas: 16.050 minutos (267,5 horas) – jogos entre a rodada 9 do estadual e as oitavas da Copa Verde entre os dias 24 de fevereiro e 6 de março

*Este período foi menor do que o acordado de 66 horas de descanso entre as partidas. Porém, o Cuiabá mandou a campo dois times titulares diferentes para cada confronto. No entanto, os cinco reservas que entraram em campo no primeiro duelo atuaram na partida seguinte: Alan Empereur, Allyson, Max, Jonathan Cafu e Luciano Giménez.

Flamengo:

  • Menor tempo entre as partidas: 3.990 minutos (66,5 horas) – jogos entre as rodadas 7 e 3 do Carioca entre os dias 7 e 10 de fevereiro
  • Maior tempo entre as partidas: 19.920 minutos (332 horas) – jogos entre o duelo de volta da semi do Carioca e a ida da decisão do Carioca entre os dias 16 e 30 de março
  • Menor tempo entre as partidas: 3.990 minutos (66,5 horas) – aconteceu cinco vezes: jogos entre os dias 18 e 21 de janeiro + 1 e 4 de fevereiro + 14 e 17 de fevereiro + 22 e 25 de fevereiro + 29 de fevereiro e 3 de março
  • Maior tempo entre as partidas: 25.950 minutos (432,5 horas) – jogos entre o duelo de volta da semifinal do Carioca e a estreia na Libertadores entre os dias 16 de março e 3 de abril

Fortaleza:

  • Menor tempo entre as partidas: 4.030 minutos (67,2 horas) – jogos entre a 8ª rodada da Copa do Nordeste e o duelo de ida da final do Cearense entre os dias 27 e 30 de março
  • Maior tempo entre as partidas: 16.950 minutos (282,5 horas) – jogos entre a rodada 4 da Copa do Nordeste e a primeira fase da Copa do Brasil entre os dias 21 de fevereiro e 4 de março

Grêmio:

  • Menor tempo entre as partidas: 4.140 minutos (69 horas) – aconteceu três vezes: jogos entre os dias 28 de fevereiro e 2 de março + 29 de maio e 1 de junho + 4 e 7 de julho
  • Maior tempo entre as partidas: 41.700 minutos (695 horas) – jogos entre o duelo de ida da terceira fase da Copa do Brasil e a 6ª rodada da Libertadores entre os dias 30 de abril e 29 de maio

Internacional:

  • Menor tempo entre as partidas: 4.080 minutos (68 horas) – aconteceu duas vezes: jogos entre as rodadas 8 e 9 do Brasileiro entre os dias 13 e 16 de junho + jogos entre as rodadas 10 e 11 do Brasileiro entre os dias 19 e 22 de junho
  • Maior tempo entre as partidas: 43.290 minutos (721,5 horas) – jogos entre o duelo de ida da terceira fase da Copa do Brasil e a 6ª rodada da Libertadores entre os dias 30 de abril e 29 de maio

Juventude:

  • Menor tempo entre as partidas: 4.140 minutos (69 horas) – jogos entre as rodadas 14 e 15 do Brasileirão entre os dias 4 e 7 de julho
  • Maior tempo entre as partidas: 48.960 minutos (816 horas) – jogos entre as rodadas 4 e 7 do Brasileirão entre os dias 28 de abril e 1 de junho
  • Menor tempo entre as partidas: 4.105 minutos (68,4 horas) – jogos entre a semifinal e o duelo de ida da decisão do Paulista entre os dias 28 e 31 de março
  • Maior tempo entre as partidas: 17.495 minutos (291,6 horas) – jogos entre as quartas e semis do Paulistão entre os dias 16 e 28 de março
  • Menor tempo entre as partidas: 4.080 minutos (68 horas) – aconteceu duas vezes: jogos entre as rodadas 8 e 9 do Brasileiro entre os dias 13 e 16 de junho + jogos entre as rodadas 12 e 13 do Brasileiro entre os dias 27 e 30 de junho
  • Maior tempo entre as partidas: 26.100 minutos (435 horas) – jogos entre as quartas do Paulistão e a estreia na Libertadores entre os dias 17 de março e 4 de abril

Vasco:

  • Menor tempo entre as partidas: 3.990 minutos (66,5 horas) – jogos entre as rodadas 3 e 4 do Carioca entre os dias 25 e 28 de janeiro
  • Maior tempo entre as partidas: 40.320 minutos (672 horas) – jogos entre o duelo de volta na semi do Carioca e a estreia no Brasileirão entre os dias 17 de março e 14 de abril
  • Menor tempo entre as partidas: 4.125 minutos (68,7 horas) – jogos entre as rodadas 1 e 2 do Baiano entre os dias 17 e 20 de janeiro
  • Maior tempo entre as partidas: 14.430 minutos (240,5 horas) – jogos entre a 6ª rodada do Brasileiro e o duelo de volta da terceira fase da Copa do Brasil entre os dias 12 e 22 de maio
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