A partir desta quinta-feira (4), os servidores do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de Rondônia iniciaram uma greve por tempo indeterminado. A mobilização, que já afeta outras unidades da federação desde junho, tem como principais demandas o reajuste salarial, melhorias nas condições de trabalho e reestruturação das carreiras.
Com a paralisação, apenas atividades essenciais serão mantidas, como o licenciamento ambiental, que contará com 10% dos servidores para concessão, renovação ou acompanhamento de licenças. Além disso, serviços de fiscalização ambiental, resgate de animais silvestres e emergências continuarão operando.
A greve dos servidores federais das áreas ambientais já se estende por 25 estados e tem impactado o processo de licenciamento de projetos. O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) encerrou unilateralmente as negociações após recusas de propostas, enquanto a Ascema tenta reabrir o diálogo.
Negociações entre governo e servidores, iniciadas em outubro passado, enfrentam impasse após recusa de propostas de reajuste. O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos aguarda resposta formal à última oferta de aumento salarial, que varia de 19% a 30%.
A greve do Ibama iniciou em meio ao debate público sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial, defendida pelo presidente Lula, que destacou a capacidade técnica da Petrobras em operar mesmo em áreas ambientalmente sensíveis.