Desaparecidos em Terra Ronca fizeram contato à noite com a família e disseram estar com frio

Eles sumiram por volta de 14h30, quando entraram em uma caverna sem apoio de guias, apenas com as lanternas dos celulares

Os quatro turistas que desapareceram após entrar em uma caverna no Parque Estadual de Terra Ronca, entre Guarani de Goiás e São Domingos, fizeram o último contato com a família por volta de 22h30 de domingo (30) e falaram que estavam com frio. O grupo sumiu por volta de 14h30, quando entrou no local sem apoio de guias, apenas com as lanternas dos celulares.

Caverna Terra Ronca I, onde turistas desapareceram, em Goiás (Divulgação/Semad)

Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), os turistas entraram na caverna Terra Ronca 1, com entrada proibida sem condutores. A pasta informou que as equipes de buscas acreditam que eles tenham saído da caverna e estejam na mata fechada da região do Buracão, já que rastos foram encontrados.

Um dos turistas é um idoso de 64 anos que, de acordo com informações iniciais, tem mobilidade reduzida. Os outros três são homens com idade entre 23 e 30 anos. Um deles sofreu queda de moto há dois dias e está com o joelho lesionado.

Desaparecimento

Segundo o Corpo de Bombeiros, a namorada de um dos integrantes contou que o grupo entrou na caverna por voltas das 14h, apenas com celulares como meio de iluminação. Ela disse que ficou fora aguardando que eles retornassem, porém, o grupo não voltou ao ponto de origem, momento em que ela ligou para o pai de um turista, que acionou a corporação.

Militares fizeram varredura na caverna e na mata até meia noite e não encontraram nada. As buscas foram retomadas às 5h desta segunda-feira (1º), inclusive com o auxílio de drones.

Ao todo, trabalham na ocorrência 18 pessoas, a cavalo, em moto e a pé. São funcionários da própria Semad, do Corpo de Bombeiros, do ICMBio, de guias, de uma brigada comunitária e de moradores da região.

Parque Estadual de Terra Ronca

O Parque Estadual da Terra Ronca (PETeR) é situado nos municípios de Guarani e São Domingos de Goiás, e consiste em um dos mais importantes conjuntos espeleológicos da América do Sul.

A região possui cavernas, grutas e dolinas, que abrigam fauna e flora exclusivas desses ambientes, assim como espécies do Cerrado que estão ameaçadas de extinção. Cachoeiras, cascatas e rios de águas cristalinas compõem o cenário frequentemente explorado por ações de ecoturismo.

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