Ativistas e personalidades da comunicação se reuniram na Câmara dos Deputados em Brasília, na última quinta-feira (04) em uma homenagem ao líder seringalista Chico Mendes. Em uma das falas que chamaram atenção foi a da ativista, produtora cultural, atriz, integrante do Comitê Chico Mendes e Coordenadora da Casa Ninja Amazônia, Karla Martins.
“Estamos aqui hoje falando, no ano de 80 anos, de uma estrategista, de um homem que se entendeu como seringueiro liberto e ao se entender como seringueiro liberto, entendeu que não poderia viver em um território onde os outros se consideravam presos”, começou em sua fala.
A programação, que faz parte da Virada Parlamentar Sustentável no Congresso Nacional, fala de inspirar ações presentes e futuras das autoridades brasileiras e da sociedade civil.
A homenagem ocorreu no Auditório Freitas Nobre, Anexo IV da Câmara dos Deputados. O evento teve falas de Angela Mendes, Presidenta do Comitê Chico Mendes, da Deputada Federal Taliria Petrone, Karla Martins, Samsara Nukini, além de diversas personalidades do Comitê Chico Mendes e organizações que ressoam os legados e memória do ambientalista.
Confira o momento na íntegra:
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“Ainda, mobilizando as novas gerações para a urgência de um novo modelo que coloque o cuidado com a natureza e a dignidade humana no centro do debate político e econômico, frente ao contexto da transição climática que vivemos”, disse o guia de participação do evento.
Mulheres que defendem
Em outro trecho de seu discurso, Karla Martins também discorrer sobre a presença de mulheres na luta pela floresta em pé:
“Diariamente as mulheres ajudam a construir a história, portanto ocupar esse espaço é permitir e acender essas vozes que parece que não estavam ativas, o que não é verdade […] Eu deixo aqui essa história pensando que, árvore é feminino, terra é feminino, floresta é feminino, aliança é feminino e a caminhada e, por fim, agronegócio é masculino, mas agricultura é feminina”, declarou.
Já, Angela Mendes, ativista e presidenta do Comitê Chico Mendes, em seu discurso de encerramento da sessão de homenagem ao legado de seu pai, relembrou sobre o fazer coletivo em defesa da Amazônia, enfatizando a importância fundamental de se aliançar e do trabalho em conjunto.