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Acre não deve chegar a 1 milhão de habitantes nos próximos 40 anos e população deve ‘encolher’, diz IBGE

Por Maria Fernanda Arival, ContilNet

O Acre vai começar ter uma queda populacional a partir de 2040, segundo uma projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo os dados, Rio Grande do Sul e Alagoas serão os primeiros estados brasileiros a registrar a redução populacional.

A pesquisa projeta que até 2070 a maioria dos estados brasileiros enfrentará uma redução no número de habitantes.

Acre não deve chegar a 1 milhão de habitantes até 2070/Foto: Juan Diaz/ContilNet

Em 2024, o Acre registrou 880.748 habitantes e até 2039 o estado continuará em crescimento populacional e chegará até 912.896 habitantes em 2042, quando começará a registrar a queda populacional. Com isso, o IBGE projeta que o Acre não alcançará 1 milhão de habitantes em, pelo menos, 40 anos.

Para 2070, a projeção de população é de 831.656 no Acre, que deverá ter a segunda menor população do Brasil, na frente apenas do Amapá, com 775.558 habitantes.

No Censo 2022, o Brasil tem 203 milhões de habitantes, número menor do que era estimado pelas projeções inicias.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os resultados do Censo 2022, revelando uma drástica queda na população do Acre. O estado, que vinha experimentando um crescimento constante, perdeu 8,5% de seus habitantes em relação ao ano anterior, surpreendendo especialistas e autoridades.

Em 2021, o Acre contava com quase 907 mil habitantes. No entanto, os números apontam que em 2022, esse contingente populacional reduziu para 830 mil pessoas, aproximando-se do patamar de 2017, quando o estado registrava 829 mil residentes.

O fenômeno é atribuído principalmente à intensa migração de acreanos para outros estados brasileiros, destacando-se a Paraíba e Santa Catarina como destinos preferenciais. O êxodo em massa é motivado pela busca por oportunidades de trabalho e melhores condições de vida.

Queda da taxa de natalidade

Em pesquisa divulgada pelo instituto “Brasil em Mapas”, o país registrou 2,5 milhões de nascimentos em 2022, 3,5% a menos do que no ano anterior, que registrou 2,6 milhões, o menor nível desde a década de 1970, segundo a Estatística do Registro Civil. No Acre, a queda, segundo os dados divulgados nesta sexta (29), foi de 5,6%.

Percebe-se que a diminuição da taxa de natalidade não está limitada a uma área específica do país, mas é observada em todas as regiões, com algumas diferenças. As regiões nordeste (-6,7%) e norte (-3,8%) tiveram os maiores recuos. O estado com maior queda foi a Paraíba com -9,9% e com acréscimo apenas em Santa Catarina (2,0%) e Mato Grosso (1,8%).

Pandemia e mudanças nas famílias

Comparado com a média dos cinco anos anteriores à pandemia (2015 a 2019), ocorreu uma diminuição de 326 mil nascimentos, representando uma queda de 11,4%. A redução da natalidade e da fecundidade no país já é observada há décadas.

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