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Atletismo paralímpico: como funciona, regras e modalidades

Por Ge

O atletismo está no programa desde a primeira edição dos Jogos Paralímpicos, em Roma 1960, e é o esporte responsável pelo maior número de medalhas brasileiras na história do evento. São 170 medalhas, sendo 48 de ouro, 70 de prata e 52 de bronze. Em Paris as expectativas continuam altas, levando em consideração que a delegação brasileira, pela primeira vez, tem como objetivo figurar no Top 5 do quadro de medalhas. Conheça abaixo as regras e modalidades do esporte.

Medalhas das Paralimpíadas de Paris 2024 — Foto: Divulgação / CP

Classes

O Atletismo paralímpico é dividido em classes que separam os atletas por seus diferentes níveis de deficiência, sendo física, visual ou intelectual. T (Track – Pista, em português) e F (Field – campo, em português) separam os atletas das modalidades que disputam provas de pista (velocidade, provas de rua e saltos) e rua (maratona e meia-maratona), dos que competem no campo (lançamentos de disco, dardo e arremesso de peso). Acompanhado da letra que determina o espaço da competição, está a numeração que corresponde ao tipo e grau de deficiência de cada atleta, conforme a tabela abaixo:

T – Track (pista)

  • T11 a T13: Deficiências visuais
  • T20: Deficiências intelectuais
  • T31 a T38: Paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes; 35 a 38 para andantes)
  • T40 a T41: Baixa estatura
  • T42 a T44: Deficiência nos membros inferiores sem a utilização de prótese
  • T45 a T47: Deficiência nos membros superiores
  • T51 a T54: Competem em cadeiras de rodas
  • T61 a T64: Amputados de membros inferiores com prótese
  • RR1 a RR3: Deficiência grave de coordenação motora competindo na petra

Na divisão para deficientes visuais, existem as modalidades que necessitam de um “atleta-guia” para orientar o competidor, de acordo com a classificação funcional do atleta.

  • T11: Corre ao lado do atleta-guia e usa o cordão de ligação. No salto em distância, é auxiliado por um apoio.
  • T12: Atleta-guia e apoio, no salto, são opcionais.
  • T13: Não pode usar atleta-guia e nem ser auxiliado por um apoio

F – Field (campo)

  • F11 a F13: Deficiências visuais
  • F20: Deficiências intelectuais
  • F31 a F38: Paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes; 35 a 38 para andantes)
  • F40 e F41: Baixa estatura
  • F42 a F44: Deficiência nos membros inferiores
  • F45 e F46: Deficiência nos membros superiores
  • F51 a F57: Competem em cadeiras de rodas (sequelas de poliomielite, lesões medulares, amputações)
  • F61 a F64: Amputados de membros inferiores com prótese

Modalidades

Grande parte das provas do atletismo paralímpico se assemelha com a dos Jogos Olímpicos, mas devido a divisão por classificação funcional e tipos de deficiência, cada modalidade tem um número bem maior de eventos acontecendo, aumentando significativamente as possibilidades de medalhas.

Provas de pista:

  • Velocidade: 100m, 200m, 400m, rev. 4x400m e rev. 4x100m
  • Meio-fundo: 800m e 1.500m
  • Fundo: 5.000m e 10.000m
  • Salto em distância
  • Salto em altura

Mateus Evangelista, bronze no salto em distância nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 — Foto: Ale Cabral/CPB

Provas de rua:

  • Maratona (42km)
  • Meia-maratona (21km)

Thalita Simplício tem três medalhas de prata em provas de velocidade desde a Rio 2016 — Foto: Alessandra Cabral/CPB

Provas de campo:

  • Lançamento de disco e club
  • Lançamento de dardo
  • Arremesso de peso

O atletismo está distribuído em praticamente todo o período dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 e as provas ocorrerão entre os dias 30 de agosto e 8 de setembro, com disputas diárias por medalhas.

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