Passado o período das convenções, terminados na segunda-feira (5), chegou a hora de o eleitor avaliar e, até o dia 6 de outubro, decidir o seu voto. O cenário que será apresentado no dia de ir às urnas está definido. E, apesar das narrativas ideológicas, discursos e interesses que podem ser ocultados na política, existe uma coisa que não foi possível ocultar: quem está aliançado com quem.
Foi o período de máscaras serem tiradas. Se de um lado, existiam políticos que se diziam de direita e utilizavam discursos de ódio contra líderes da esquerda, mas agora estão aliançados com forças que tanto criticaram; do outro lado, há quem tenha feito o mesmo e até diga que não existe direita ou esquerda — ainda que, quando estavam no poder ou quando convinha, se comportavam de forma diferente e vendiam suas paixões com convicção.
Se tudo isso é ou não importante, quem dá a palavra final é o eleitor. Que, aliás, é por vezes subestimado, mas costuma surpreender.
DEMARCADO — O Acre sempre foi um emaranhado político. Era muito comum, lá atrás, partidos de esquerda e direita comungarem num mesmo palanque. Um movimento, que começou na capital, começou a deixar isso diferente; mais demarcado, separado.
PONTO FINAL — Isso ficou mais evidente, nos últimos dias, no Alto Acre e no Juruá. Isso porque as relações pessoais pautavam os palanques; como é o caso, por exemplo, do senador Márcio Bittar. Ele sempre nutriu uma gratidão pela família Sales e pelo clã Galvão. Márcio percebeu que, por mais que gostasse desses grupos, apoiava projetos que levam agendas que não lhe cabem, não lhe levam à foto. Um ponto final veio, foi colocado nessa eleição.
SOMENTE AS URNAS — Se esse grande movimento, ao final, vai fazer com que o eleitor vote menos no indivíduo e mais na agenda que ele carrega, isso é um mistério que somente as urnas podem revelar.
ORGANIZAÇÃO — Tem impressionado muita gente, nos bastidores, o nível de organização que está imprimindo a campanha do candidato à reeleição Tião Bocalom. Quem está fazendo a mágica acontecer é o chefe de gabinete da vice-governadora, Rennan Biths. Sua habilidade nos bastidores rendeu a ele o mais alto posto de coordenador geral da campanha.
ESQUECEM — Outra coisa que está calando a boca de muito incrédulo é o comprometimento do governador Gladson com a reeleição do Velho Boca. Devem ter esquecido que Gladson tem, em seu time, um resoluto Luiz Calixto. Que, por sua vez, tem como fiel escudeiro o ligeiro Márcio Pereira, que é capaz de convencer alguém a comprar até capim pegando fogo.
LIVIO VERAS — Nas bandas do PP, há de se destacar também o trabalho do vice-presidente estadual Livio Veras. Ele trabalha com a vitalidade e vontade de quem acabou de completar 18 anos de idade.
OS DESTAQUES — Na campanha de Marcus Alexandre, os destaques vão para o Franck Vidal — não existe nada que passe despercebido pelos olhos do Franck —, André Ariosto, Ney Melo, o grande Serjão e o médico Thor Dantas; que são os que tem sido bastante requisitados nesse grupo. Que contam com um patrono de peso: o deputado estadual Tanízio Sá.
NAS BANDAS DO JARUDE — Nas bandas do candidato Emerson Jarude, quem dá as cartas é Willy Viana. Um excelente quadro, que conta com os igualmente excelentes Nany Damasceno, Thalis Gutierrez, Joelson Dias e equipe.
EDUCAÇÃO NA CAMPANHA DO JENILSON — Na campanha de Jenilson Leite, e não falando necessariamente de time, quem tem pedido muitos votos é a Rosana Nascimento, uma histórica líder da educação. Na equipe, o vice Sanderson Moura e o time de candidatos a vereadores estão com o pé na rua. E, diferentemente de outras chapas, estão preocupados em pedir votos para o médico infectologista.
EM FORMATO DE GENTE — Com a convenção de Gilberto Lira e todo barulho causado, o prefeito de Sena Madureira Mazinho Serafim provou que é um rolo compressor em formato de gente.
BATE-REBATE
– A ex-deputada Mara Rocha bateu o pé: é candidata ao Senado (…)
– (…) Ocupar outro cargo, disse ela, não está sob discussão.
– Pouco se fala nisso, mas os deputados estaduais voltaram ao trabalho (…)
– (…) Não todos. A primeira sessão do novo recesso só reuniu 13 dos 24 parlamentares.
– Sobre o destaque desta santa coluna, essa junção entre partidos de direita e esquerda, o deputado Marcus Cavalcante usou uma boa definição: (…)
– (…) “Casamento de jacaré com cobra d’água” (…)
– (…) Gostei!
– O PT tá quietinho, comendo pelas beiradas, reunindo pessoas em ambientes simples (…)
– (…) E energia que lembra os tempos antigos (…)
– (…) É bom não subestimar!