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Bocalom diz que Marcus é envolvido em escândalos e não prestou contas de obras: ‘Não tive PF na minha porta’

Por Matheus Mello, ContilNet

A campanha começou e o prefeito Tião Bocalom mostrou que definitivamente tem um alvo em mente: o ex-prefeito Marcus Alexandre, candidato do MDB. Durante entrevista ao podcast Em Cena, do ContilNet, Bocalom voltou a dizer que Marcus deixou de prestar contas de 10 creches construídas durante a gestão dele.

Bocalom durante entrevista ao Em Cena/Foto: ContilNet

O prefeito já havia feito essas denúncias em janeiro deste ano. Na época, o ex-prefeito Marcus Alexandre rebateu as acusações de Bocalom e negou que tinha sido notificado pelo governo federal.

Marcus lembrou que caso houvesse alguma inadimplência na prestação de contas, o Ministério da Educação já teria enviado alguma notificação direta para ele, que seria o gestor na época. “Eu não recebi nenhuma notificação até agora de alguma prestação de conta pendente”, disse na época.

Porém, Bocalom reafirmou que a Prefeitura ficou impossibilitada de receber recursos em razão de inconsistência nas prestações de contas de Marcus.

“Tinha mais de 500 inconsistências, coisas erradas. Tivemos que fazer creches com recurso próprio porque o Ministério não quis dar o dinheiro por falta de prestação de contas”.

“Envolvido em escândalos”

O prefeito pontuou ainda outros ‘escândalos’ que teriam como figura central o ex-prefeito Marcus Alexandre.

“Ele não pode dizer que eu me meti em escândalos, como ele se meteu, na época da Operação Buracos, na BR-364, que ele foi parar na Polícia Federal junto com a mulher dele, depois na Operação Midas, que eles quebraram a Emurb. Ele promoveu um grande escândalo lá dentro. Ministério Público pegou. Houveram as denúncias. O pessoal que trabalhava com ele, denunciou ele. Na minha gestão não aconteceu nada disso”.

“Nunca tive a Polícia Federal na minha porta”, completou.

Ruas do povo

Ainda em entrevista ao podcast, outras acusações feitas mais uma vez por Bocalom, são relacionadas ao Programa Ruas do Povo, que segundo ele, Marcus não executou um recurso de R$ 16 milhões para asfaltar ruas de alguns bairros de Rio Branco. Com isso, segundo o prefeito, resultou em problemas com a Caixa Econômica Federal, que não teria recebido as prestação de contas corretas pela Prefeitura, na época chefiada por Marcus Alexandre.

“O serviço não prestou e a Caixa Econômica quis o dinheiro de volta”.

Elogios a Jenilson

Apesar de ter dito que deverá ganhar as eleições no 1º turno, o prefeito declarou que caso haja um segundo turno, deverá procurar apenas o apoio de candidatos da direita – ou seja, rechaçando uma aliança com Jenilson Leite, candidato do PSB, siga de esquerda.

Porém, Bocalom disse que não considera Jenilson um político esquerdista. Segundo ele, o ex-deputado está ‘apenas em um partido de esquerda’ e fez elogios ao candidato do PSB.

“Conheço o Jenilson. Gosto dele. É um grande profissional. Não tenho nenhum problema com ele. O partido dele que realmente é de esquerda. E o nosso PL já decidiu. Nós não queremos acordo com partidos de esquerda”.

Base de 70%

O prefeito ainda falou sobre as expectativas para a composição das cadeiras na Câmara Municipal após as eleições deste ano. Segundo ele, 70% dos vereadores eleitos no pleito serão da base governista dele.

Bocalom conjecturou que o partido dele, o PL, fará pelo menos 5 vereadores. Já o União Brasil e o Progressistas, outros partidos que compõe a aliança dele e de Alysson Bestene, devem eleger, respectivamente, 4 a 5, e 4 parlamentares.

Sem grandes renovações

Além disso, o prefeito discordou da possibilidade de haver uma renovação grande dos parlamentares da Câmara Municipal, como vem sendo apontado por especialistas. Segundo ele, mais de 50% dos atuais vereadores serão reeleitos.

“Não acredito nessa história. São vereadores que lutaram e trabalharam”, disse.

Atualmente, dos 17 vereadores, apenas 3 fazem parte do bloco de Oposição a gestão de Tião Bocalom.

Confira a entrevista na íntegra:

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