Bonde do Fininho: conheça facção de psicopatas recrutada por Lúcifer

Nome de facção criada para exterminar integrantes do PCC, faz alusão a linhas de pipa revestidas com caco de vidro e que cortam como navalha

Acostumados a serem temidos pela violência e frieza que assumem ao agir, integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) se tornam presas fáceis quando cruzam o caminho do assassino em série Marcos Paulo da Silva, o Lúcifer, e dos comparsas dele. Os psicopatas formam o grupo criminoso “Irmandade de Resgate do Bonde Cerol Fininho“, criado para exterminar os faccionados.

Grupo criminoso “Irmandade de Resgate do Bonde Cerol Fininho“/Foto: Reprodução

Lúcifer ganhou notoriedade e passou a provocar pânico dentro do sistema penitenciário de São Paulo depois que, em 2013, rachou com a facção liderada por Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. Após se tornar dissidente da organização, o psicopata criou o próprio grupo.

Diagnosticado com psicose, ele confessou – com orgulho – ser o autor de 50 assassinatos dentro de presídios de São Paulo. As vítimas seriam sempre integrantes de facções.

Em maio de 2022, por exemplo, a Justiça de São Paulo condenou três integrantes do Cerol Fininho por dois homicídios – uma das vítimas foi decapitada. Somadas, as penas pelos crimes passam de 132 anos de prisão.

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou os criminosos e detalhou que os assassinos dividiam cela com as vítimas e as mataram para se firmarem como lideranças entre os demais presos.

Decapitação e retirada de órgãos

Os dois homens foram mortos com golpes de pedaços de vidro, e um deles chegou a ser decapitado e teve órgãos retirados. O nome da facção criada por ele faz alusão às linhas de pipa revestidas com o material usado no crime e que cortam como navalha.

Lúcifer rompeu com o PCC em razão de a facção “ter perdido a finalidade”. Em depoimentos à Justiça, o “exterminador de faccionados” afirmou que, na visão dele, o grupo começou a fugir do que seria o intuito ou o “ideal”: combater a opressão carcerária.

Para Lúcifer, a facção começou a visar apenas ao lucro. Assim, ele teria se revoltado e começado a matar os rivais. Inclusive, consta no estatuto da facção Cerol Fininho a missão de matar inimigos, principalmente do PCC, com obrigatoriedade de decepar a cabeça e arrancar as vísceras das vítimas.

Quem é Lúcifer

A coluna Na Mira apurou que, atualmente, Lúcifer está isolado em uma cela, no “castigo” da Penitenciária 1 Presidente Venceslau (SP), em virtude da periculosidade dele. Preso pela primeira vez em 1995, aos 18 anos, por furto e roubo, Lúcifer entrou para o PCC pouco depois de ser encarcerado.

Saiba mais: Lúcifer: psicopata mata 50 membros do PCC e tira vísceras das vítimas

Aos 19 anos, ele se tornou um integrante ativo da maior facção criminosa da América do Sul, a ponto de participar de ações violentas dentro do sistema carcerário.

A crueldade dos assassinatos cometidos por Lúcifer e pelos seguidores deles se tornou um “cartão de visita” da Cerol Fininho. Em fevereiro de 2015, na cadeia onde atualmente ele cumpre pena, guardas prisionais encontraram os corpos mutilados de Francinilzo Araújo de Souza e Cauê de Almeida, com abdômen aberto, vísceras arrancadas e cabeças decepadas.

Esses crimes, como outros tantos cometidos por Lúcifer, eram acompanhados de um ritual macabro: após a execução, o assassino escrevia “Cerol Fininho” nas paredes celas com uso do sangue das vítimas. Além disso, entre as ações violentas mais notórias do psicopata está o massacre de cinco detentos na Penitenciária de Serra Azul, em 2011.

Durante a execução, ele gritava que queria matar ainda mais, em uma demonstração do próprio quadro de psicose. Em outro episódio, Lúcifer e os comparsas fizeram reféns vários agentes penitenciários e usaram um estilete artesanal para decapitar vítimas de homicídios na cadeia

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