Candidato do PSol à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos decidiu romper com a produtora de eventos responsável por organizar o comício dele no qual o Hino Nacional foi cantado em linguagem neutra.
A produtora contratada era a Zion Produções Ltda. Antes de romper, Boulos declarou ao TSE ter pago R$ 450 mil para a empresa produzir os eventos da campanha. O montante foi pago de uma só vez no dia 23 de agosto.
À coluna, a assessoria do psolista confirmou que a produtora não fará mais os eventos de campanha do candidato, mas não soube informar se a empresa devolverá parte do pagamento que já recebeu.
O episódio do hino nacional
O episódio do hino ocorreu durante um comício do candidato do PSol no sábado (24/8), no bairro do Campo Limpo, zona sul da capital paulista. Na hora de executar o hino, a cantora alterou um trecho.
Em vez de cantar “dos filhos deste solo”, a intérprete optou por a linguagem neutra e cantou: “des files deste solo…”. A artista responsável pela mudança foi a cantora paulista Yurungai.
Após a repercussão negativa, a campanha de Boulos jogou a culpa na produtora. Em nota, a campanha afirmou que não “soliticou” a alteração do hino e disse que a produtora foi a responsável por contratar a intérprete.
“A campanha, em momento algum, solicitou ou autorizou alteração na letra do Hino Nacional interpretado na abertura do comício no último sábado, 24, na Zona Sul da cidade. A produtora, organizadora do evento, foi responsável pela contratação de todos os profissionais que trabalharam para a realização da atividade, incluindo a seleção e o convite à intérprete que cantou o Hino Nacional.”, disse a campanha na nota.