A campanha de Guilherme Boulos (PSol) à Prefeitura de São Paulo afirmou que não solicitou, nem autorizou a interpretação do Hino Nacional em linguagem neutra durante um comício do psolista no sábado (24/8).
Em nota oficial, a campanha disse que a responsabilidade pela contratação dos profissionais que trabalharam no evento, incluindo o convite para a intérprete do hino, foi da produtora que organizou o comício.
“A campanha, em momento algum, solicitou ou autorizou alteração na letra do Hino Nacional interpretado na abertura do comício no último sábado, 24, na Zona Sul da cidade. A produtora, organizadora do evento, foi responsável pela contratação de todos os profissionais que trabalharam para a realização da atividade, incluindo a seleção e o convite à intérprete que cantou o Hino Nacional”, disse a campanha do deputado.
A polêmica aconteceu durante comício de Boulos no bairro do Campo Limpo, zona sul da capital. Na ocasião, a cantora Yurungai trocou o gênero da última estrofe do hino: em invés de “dos filhos deste solo és mãe gentil”, cantou “des files deste solo…”.
A performance da cantora com o gênero da estrofe trocado foi executada nas presenças de Lula, de Boulos e de Marta Suplicy, candidata a vice do psolista. Após a polêmica, Boulos retirado o vídeo do comício de seu canal no Youtube.
Lei obriga hino a ser cantado na íntegra
A performanece do hino nacional em linguagem neutra durante o ato de Boulos pode ter ferido a a lei federal nº 5.700/1971, também conhecida como “Lei dos Símbolos Nacionais do Brasil”.
A lei determina que, “em qualquer hipótese, o hino nacional deverá ser executado integralmente” e proíbe “a execução de quaisquer arranjos vocais do hino nacional” sob pena de multa.