Condições meteorológicas podem ter formado gelo em avião em Vinhedo

Aeronave que carregava 61 pessoas caiu sobre área residencial

O âncora da CNN, William Waack, que também é piloto, explicou que as condições meteorológicas na área em que o avião que caiu em Vinhedo trafegava eram adversas, o que é sempre um fator que se considera ao analisar um acidente.

Havia desde o início desta sexta-feira (9) um aviso de formação de gelo severo, que ocorre quando a alta umidade transportada pelo ar encontra baixas temperaturas.

Site de monitoramento mostra que o avião perdeu controle após chegar em Vinhedo/Foto: Reprodução

Isto leva a formação de gelo sobre as superfícies do avião, especialmente as asas, mas também as que controlam o voo. Esse fenômeno pode causar alterações nas condições aerodinâmicas, prejudicando o controle e, no limite, a própria capacidade da aeronave de continuar voando.

“A asa deixa de ser asa quando seu perfil é alterado pelo gelo e o ar que passa por ela não percorre aquilo que os princípios de física dizem que deve percorrer e cria, portanto, sustentação”, afirmou Waack.

O jornalista também comentou que, pelas imagens divulgadas por moradores da região, a aeronave parece estar em uma situação conhecida como “parafuso chato”, uma condição aerodinâmica nas quais as superfícies de voo perdem a capacidade controlar o avião, o que faz com que ela sofra uma queda livre.

“A primeira lição que todo piloto de aeronave recebe é ‘saia desta condição o mais rápido que você puder”, afirmou Waack. O piloto também disse que já havia um aviso de gelo severo em vigor em algumas altitudes nesta sexta-feira, incluindo as altitudes nas quais o modelo do avião que despencou costuma voar.

O modelo da aeronave acidentada era um ATR 72-500, que fazia o voo 2283, de Cascavel (PR) para Guarulhos (SP).

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