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Em 5 anos, mais de 300 crianças e adolescentes foram vítimas de mortes violentas no Acre

Por Tião Maia, ContilNet

Levantamento do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) revela que o Acre registrou mais de 300 mortes violentas de crianças e adolescentes em cinco anos. Os números são baseadas em uma taxa para cada grupo de 100 mil habitantes.

O levantamento também mostra que 20% das mortes violentas intencionais de jovens entre 10 e 19 anos de idade ocorreram por intervenção policial em 2020. Entre entre 2016 e 2020, foram 380 mortes violentas intencionais de crianças e adolescentes entre 0 e 19 anos no Acre. Em nível nacional, 15 mil crianças e jovens foram assassinados no Brasil em 3 anos. O levantamento também revela que adolescentes negros têm 4,4 vezes mais chance de ser morto do que um branco na mesma faixa etária.

Levantamento do Unicef e do FBSP também mostra que 20% dessas mortes no mesmo período foram causadas por intervenção policial/Foto: ContilNet

A média de mortos no Acre foi de 76 mortes violentas intencionais (MVIs) de crianças e adolescentes entre 2016 e 2020, e que a taxa a cada 100 mil habitantes reduziu nesse mesmo período.

De acordo com o Panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil, o Acre teve 380 jovens mortos de maneira violenta intencionalmente nesse período, sendo que a faixa etária com mais mortes foi de vítimas entre 15 e 19 anos.

O estudo compreende apenas o total do período e não discrimina os números a cada ano. Porém, há um recorte do ano de 2020, no qual o Acre teve 69 mortes violentas intencionais de vítimas entre 5 e 19 anos. Ainda segundo a análise, 14 dessas mortes ocorreram por intervenção policial, o que corresponde a 14%.

Com esses números, a taxa de MVIs a cada 100 mil habitantes em 2020 ficou em 38,41 no estado, considerando vítimas de 10 a 19 anos. O índice foi o menor dessa série, que teve o ano de 2017 como pico. Na tabela, não constam dados de 2019.

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