Em julho, o Rio Madeira atingiu níveis recordes de seca, com a menor medição histórica de 2 metros na terça-feira, 06, para este mês.
A falta de chuvas significativas em Porto Velho por mais de dois meses é a principal causa. Apenas 3,4 mm de chuva foram registrados na capital de Rondônia durante todo o mês de julho.
O nível esperado para esta época do ano é de 5,50 metros, mas o rio está cerca de 3 metros abaixo disso. As razões incluem um Oceano Atlântico Norte mais quente e o fenômeno El Niño, que atrasa e enfraquece as chuvas.
A cidade de Porto Velho decretou estado de emergência devido à seca extrema. Em outubro e novembro de 2023, o Rio Madeira também apresentou níveis críticos, chegando a 1,09 metro em novembro, o menor nível em 57 anos.
A seca tem causado dificuldades significativas para a população local, incluindo a falta de acesso a água limpa. A Agência Nacional de Águas declarou “situação crítica” até 30 de novembro.
Outros rios em Rondônia, como Candeias, Guaporé, Jamari, Mamoré, Machado, e Pirarara, também estão em níveis críticos.
A situação afeta a geração de energia, já que o Rio Madeira abriga as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, responsáveis por cerca de 7% da capacidade de geração do Brasil.
A hidrelétrica de Santo Antônio pode ser paralisada devido à baixa vazão do rio, enquanto Jirau tem maior flexibilidade. Em 2023, a seca levou à paralisação de Santo Antônio e ao desligamento do “Linhão do Madeira”.