Em estado de emergência, Acre registra mais de 1,6 mil focos de incêndio; veja ranking por cidades

Os dados são do Satélite de Referência AQUA, divulgados pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente

O boletim do tempo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, publicado nesta quarta-feira (21), revelou que o município de Feijó segue liderando os focos de queimadas em 2024, com 361 registros.

Em seguida aparece o município de Tarauacá, com 220 e Cruzeiro do Sul, com 207, completa o top 3.

Dados foram divulgados pela SEMA/Foto: Reprodução

A capital Rio Branco aparece na quarta posição no ranking, com 140 focos. Os dados são do Satélite de Referência AQUA. No sentido contrário, Epitaciolândia (10) e Plácido de Castro (10) estão em os municípios com menores números.

Ao todo, entre janeiro e agosto, houve registro total de 1.648 focos no Acre.

O boletim revelou ainda o índice de princípio de fogo em todo o estado, que é quanto mais dias seguidos sem chuva, maior o risco de queima da vegetação.

Risco de fogo previsto em todos os municípios do Acre/Foto: SEMA

O risco de fogo Mínimo a Baixo é previsto em áreas isoladas dos municípios de Senador Guiomard, Rio Branco, Bujari, Feijó, Marechal Thaumaturgo e Mâncio Lima. O risco de fogo Médio, Alto e Crítico é previsto em todo estado.

Estado de emergência

O governador Gladson Cameli assinou um decreto na manhã desta terça-feira (20) declarando estado de emergência em todo o Acre por conta de incêndios em áreas de cobertura florestal, queimadas descontroladas e elevada emissão de fumaça. O documentou foi publicado na edição do Diário Oficial do Estado (DOE).

O Governo considera que o período compreendido entre os meses de abril e agosto de 2024 apresentou baixos índices de precipitação, temperaturas elevadas e baixo percentual de umidade relativa do ar, “circunstâncias evidenciadas pela declaração de situações de emergência por meio do Decreto n° 11.492, de 10 de junho de 2024, e do Decreto n° 11.525, de 29 de julho de 2024”.

A preocupação das autoridades continuam preocupadas por conta da tendência de aumento/Foto: ContilNet

Também compreende que “a escassez de chuvas que se estende desde o primeiro semestre de 2024 tende a permanecer durante os próximos meses, com severa diminuição do nível dos rios e aumento dos riscos de incêndios florestais e queimadas urbanas”.

No Acre, somente no período compreendido entre 1° e 31 de julho de 2023, houve registro de 212 focos, enquanto no mesmo período de 2024 foram registrados 603 focos, detectando-se aumento de 184% na ocorrência desses eventos.

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