A situação em Feijó, município do Acre que lidera o registro de focos de calor no estado, está cada vez mais crítica. Nesta quinta-feira (29), a densa fumaça que cobre a cidade impossibilitou pousos e decolagens no aeródromo local. Da pista, é impossível enxergar a cidade devido à cortina de fumaça que se espalhou por toda a região.
O problema se repete em outros municípios do Acre, onde os 3.568 focos de calor registrados até agora espalham fumaça por todo o estado. As áreas mais afetadas são Feijó, Itamaracá e parte do Juruá, onde as queimadas seguem descontroladas.
Em Rio Branco, a alta concentração de fumaça nos últimos três dias tem causado problemas respiratórios e de visão, expondo a população a substâncias tóxicas como monóxido e dióxido de carbono, segundo a TV Gazeta.
As queimadas já destruíram mais de 148 mil hectares de floresta no Acre em 2023, impactando o ciclo das chuvas na região. A perda de vegetação reduz a liberação de vapor de água para a atmosfera, contribuindo para a escassez de chuvas.
Para combater a crise, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) lançou uma campanha em defesa do direito de respirar ar puro, com distribuição de cartilhas e ações nas redes sociais para alertar sobre os perigos das queimadas.
Além disso, o governo federal autorizou a contratação de 40 brigadistas para atuar em Sena Madureira e Feijó, na tentativa de conter o avanço das queimadas e reduzir os impactos na saúde pública.