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“Gordo mais rápido do Brasil”: saiba riscos de picadas de aranha

Por Metrópoles

Conhecido como “o gordo mais rápido do Brasil”, o fisioterapeuta esportivo Mozart Soares de Souza, de 72 anos, foi picado por uma aranha-marrom no Paraná em 2011 e, desde então, vive com o risco de perder o pé por conta dos efeitos tóxicos da picada.

A história, que viralizou após Mozart pedir doações para pagar tratamentos de saúde, também serve de alerta para os riscos relacionados com picadas de aranhas.

Um estudo divulgado pelo Ministério da Saúde em 2022 estima que, a cada cinco anos no Brasil, ocorrem 160 mil acidentes com aranhas peçonhentas no país. As aranhas são o terceiro tipo de animal mais perigoso, atrás apenas das cobras e dos escorpiões.

Um em cada quatro casos ocorre no Paraná, onde há maior frequência de espécies perigosas. Metade dos casos do país está na região Sul. No total, em 2023, 39 brasileiros morreram após serem picados por aranhas.

No Brasil, existem três tipos de aranhas nativas que são capazes de causar acidentes graves ou mortes. Junto com as aranhas-marrom (gênero Loxosceles), as aranhas-armadeiras (gênero Phoneutria) e as viúvas-negras (gênero Latrodectus) são as mais perigosas.

O que fazer quando se é picado por uma aranha?

A maioria das pessoas que passa por acidentes com aracnídeos sofre picadas nos pés ou nas mãos. O veneno do animal deteriora o tecido muscular e, muitas vezes, é necessário amputar a parte do corpo atingida. Nos casos mais graves, há risco de morte.

Os soros estão disponíveis em hospitais públicos ou privados e são administrados sem custo. Para uma aplicação mais eficiente, o Instituto Butantan, produtor dos soros, recomenda que a pessoa fotografe o animal ou o capture para identificar a espécie.

É importante buscar atendimento mesmo se não houver dor no primeiro momento, já que a lesão pode piorar. Sugar o veneno, fazer torniquetes ou tentar tampar o local do acidente não são estratégias eficazes.

“O ideal é lavar o local com água e sabão e buscar o médico imediatamente”, informa o cirurgião da mão Trajano Sardenberg. “A maior parte dos casos é leve e alguns podem ser tratados com analgésicos e antialérgicos, mas é sempre preciso que essa avaliação seja feita pelo médico”, enfatiza.

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