Por telefone, o FOLHA DO SUL ON LINE conversou, na manhã desta quarta-feira, 31, com um dos militares envolvidos na caçada ao pistoleiro Maico da Silva Raimundo, apontado como autor dos disparos que mataram o dentista vilhenense Clei Bagattini.
O crime aconteceu no dia 12 deste mês e teria sido encomendado por outro vilhenense, contratante do matador. A motivação do assassinato, no entanto, segue em sigilo para não atrapalhar as investigações.
Ao entrevistar o oficial, este site perguntou quais são as possibilidades de o foragido já ter conseguido escapar do cerco policial. A resposta do militar foi: “não descartamos nenhuma hipótese, nem mesmo de ele ter morrido em virtude dos ferimentos que sofreu”.
Barreiras estão sendo montadas em várias estradas vicinais no entorno de Jaru, cidade da região central de Rondônia. Neste momento, mais de 30 policiais, a maioria do Núcleo de Inteligência, continuam tentando localizar e prender o suspeito.
Com pelo menos duas perfurações de bala no corpo (uma nas costas, próximo às nádegas, e outra em um dos braços), Maico chegou a furtar um sítio a cerca de 08 km da área urbana de Jaru, onde se alimentou, antes de fugir levando roupas.
Em outra propriedade daquela região, ele teria abordado um vaqueiro, querendo saber em que direção ficavam as cidades de Monte Negro e Tarilândia. Após esses dois episódios, a polícia não teve mais pistas do criminoso.
O oficial da PM ouvido pela reportagem disse que Maico, que tem parentes em Monte Negro, possui experiência em sobreviver em regiões inóspitas, já que se criou em sítios, acostumado a caçar e pescar. Ele é, na definição do militar, “um mateiro”. As buscas prosseguem.