Marcia Bittar deve disputar mandato utilizando o sobrenome mesmo divorciada de Marcio

Filiada ao Podemos, ela diz que mantém amizade com a família Bolsonaro mas que saiu do PL “porque ali já tem Bittar demais por metro quadrado”

Pequena, aparente frágil, ela é mãe de três filhos e, como toda a mulher que se preza, vaidosa o suficiente para não revelar a idade, tratando o caso como um “segredo de Estado”, apesar da aparência jovial. Mas se engana quem enxerga em Marcia Bittar, a ex-esposa do senador Marcio Bittar e candidata derrotada ao Senado em 2022 que obteve mais de 40 mil votos, como apenas mais uma mulher tentando entrar na política.

A professora de História que durante mais de três décadas foi apenas a dona de casa, mãe de família e cabo eleitoral dedicada de praticamente todas as campanhas eleitorais do então marido, agora é uma mulher livre, dona de seu próprio destino e que se prepara para enfrentar, desta vez em carreira solo, mais uma disputa eleitoral em 2026, uma possível cadeira na Câmara Federal. Se vier disputar o mandato é pelo Acre, Estado onde ela diz que aprendeu a ser a mulher que é, onde gerou e criou sua família e aqui construiu amigos que, em suas palavras, às vezes são mais íntimos que alguns de seus familiares.

Marcia Bittar mora no Acre há 34 anos/Foto: Thiago Alves

A mulher aparentemente frágil diz que, apesar da aparência, vai se apresentar como uma soldada da causa das mulheres acreanas, cuja vida, nesta terra, é sempre um risco – o Acre esta entre os estados com os maiores índices de violência contra as mulheres, inclusive em crimes de feminicídio. Por essa razão, além da questão ideológica, Marcia Bittar é a mais nova CAC do Acre. CAC é a sigla para colecionadores atiradores e caçadores, aqueles ou aquelas que que praticam o tiro como esporte.

É sobre esses e outros assuntos a entrevista a segui, para a qual o ContilNet destacou o repórter e redator Tião Maia. A seguir, os principais trechos da entrevista:

Apesar de divorciada de seu ex-marido, o senador Marcio Bittar (UB-AC), a senhora vai continuar usando o sobrenome Bittar?

Marcia Bittar – Sim, vou continuar usando. Na peça do divórcio, quando eu a recebi, num período de correria, de campanha, eu não atentei para o detalhe e, após a percebi, quando fui atrás da homologação do divórcio, que estava lá o sobrenome Bittar. Além de um direito meu, meu ex-marido Marcio nunca pediu para eu tirar. Pelo contrário. Ele sempre diz que tem muito orgulho de eu usar o sobrenome. Agora, eu ainda vou ver se devo tirar ou não, no futuro. Mas só verei isso a longo prazo, em 2026, em algum novo plano que surgir em minha vida. Por enquanto, está tudo tranquilo.

Então, a senhora tem plano para 2026? Vai de novo se candidatar? A que cargo? A senhora está deixando de ser cabo-eleitoral para se tornar, também, peça principal na busca por espaço de poder na política?

Marcia Bittar – Isso mesmo. Mas, ainda voltando à questão do sobrenome, o critério de escolha será profissional. Acho que vou ter que mandar fazer uma pesquisa para saber se eu posso ser conhecida com ou sem o sobrenome. Até agora eu acho que há muito Bittar por metro quadrado [rindo, gargalhando…] (Além do filho, João Paulo Bittar, o PL no Acre é comandado por Edson Bittar, irmão de criação de Marcio Bittar, além do próprio senador, que mantem influência sobre a sigla).

Mas, respondendo a sua pergunta sobre 2026, acho que, de um modo geral, os políticos estão acelerando muito àquele pleito. Agora nós estamos aqui na eleição municipal na campanha de prefeitos e vereadores e já se discute muito 2026, o Governo do Estado, Senado, deputados federais e estaduais. Se eu for candidata, atendendo a um pedido da presidente do meu Partido, que é o Podemos, a Renata Abreu, eu saio para deputada federal. Aliás, todos os partidos querem deputados federais, que é o que define tempo de televisão, espaço na comissões, enfim, os espaços de poder real.

Então, vem aí uma Marcia Bitar candidata a deputada federal?

Marcia Bittar – Sim, possivelmente. Foi isso o que a minha presidente pediu e eu sou, na política, uma cumpridora de tarefa e missões. Se minha missão for esta, estarei pronta. Mas, meu compromisso agora é ajudar o meu Partido porque o Ney [Amorim, ex-deputado estadual agora presidente regional do Podemos] fez um trabalho muito bem feito. Tão bem feito que a chapa de vereadores aqui na Capital é muito forte e, confesso, fiquei surpresa com a força dos nomes na disputa para a Câmara de Vereadores (Marcia Bittar apresenta a lista dos candidatos, que são os seguintes: Pastor Arnaldo Barros, Hildegard Pascoal, já vereadores, João Paulo Silva, Fabiano, Tom Sérgio, Rudson Riveiro, Joilson da São Camilo, Professor Waltermir Evangelista, Missonario Davi Paiva e as mulheres Vitória Félix, Leninha, Luana Silva, Jaquelene da Kasa Branca, Nené do Calafate e Meirão do Pipão).

Marcia Bittar e o presidente estadual da sigla, Ney Amorim/Foto: ContilNet

Pelos nomes colocados, a senhora acha que Podemos fará quantos vereadores?

Marcia Bittar – Eu acho que que pelo menos uns três. Agora, além de terem aumentado as vagas na nossa Câmara, os nomes do Podemos são muito bons. São nomes muito bons entre mulheres homens e eu destacaria, por exemplo, nomes já conhecidos, como é o caso do Hildegard Pascoal [atual vereador e filho do deputado federal Hildebrando Pascoal], o Pastor Arnaldo Barros e o ex-diretor da Fundhacre, João Paulo Silva, além de pastores e uma fortes lideranças femininas. Enfim, há nomes de todos os segmentos da nossa sociedade, nomes muito fortes, todos eles calçados em propostas. Por isso, acredito que devemos fazer, sim, uns três vereadores.

A senhora, assim como o seu ex-marido, são conhecidos por terem uma aproximação, até do ponto de vista pessoal, com a família Bolsonaro, incluindo o ex-presidente Jair e a primeira-dama Michele. Mas a senhora não está mais no PL, que é o partido deles. Mantém essa aproximação com o clã?

Marcia Bittar – Sim, eu tenho uma admiração grande pelo Bolsonaro. Mas manter aquela relação anterior seria até um exagero e falar isso porque, afinal, eu mudei de casa. Eu não sou mais do PL e eu prezo muito pela fidelidade partidária. Sou uma pessoa de característica de fidelidade, alguém que briga tem uma fidelidade canina. Já que eu fui para o Podemos, agora qualquer decisão é partidária. Mas, eu continuo admirando o Bolsonaro, a pauta e os princípios que ele defende e os valores como os da família – enfim, a liberdade de expressão…

E a relação com a senhora Michele também permanece?

Marcia Bittar – Sim, claro. Ela é uma mulher cheia de virtudes, uma mulher que galgou um espaço em que todas nós temos o direito e o dever de correr atrás e também galgar, como ela. Ela não é só uma mulher de político. Ela é a política, uma mulher que diariamente sofre junto, tem alegrias juntos e participa ativamente de tudo, sofrendo e envelhecendo junto. Ela conseguiu estabelecer seu nome nacionalmente, como primeira-dama e agora com um protagonismo histórico, podendo vir a ser até candidata à presidência do Brasil.

A senhora a apoiaria em caso de ela ser candidata?

Marcia Bittar – Eu estou no Podemos agora. Se esta for uma decisão partidária, certamente que sim. Nós, que somos um partido de centro-direita, vamos apoiar um candidato a presidente que cumpra o mínimo desta agenda de direita.

A senhora acha que, no futuro, o senador Marcio Bittar continuaria apoiando uma candidatura sua? Ou a senhora continua apoiado uma candidatura dele?

Marcia Bittar – Olha, essa pergunta, por enquanto, eu não tenho resposta para ela porque ainda não temos definido se serei de fato candidata. Eu ainda não decidi isso, por ser cedo por demais. Sobre eu apoiá-lo, isso depende da decisão do meu partido. Como já te disse, respeito muito a questão da decisão partidária. Hoje, as pessoas estão num partido e interferem noutro, estão num partido e comandam outro. Estão num partido e apoiam um candidato de outro partido. Eu, particularmente, não sou assim.

Mas o seu ex-marido é assim: ele está no União Brasil e tem influência sobre o PL, Republicanos e etc. Como explicar isso?

Marcia Bittar – É ele, tem uma proximidade muito grade com o Bolsonaro. O ex-presidente deu toda essa chancela a ele, mas estou falando do meu caso. Eu estou no Podemos e o Podemos é uma instância a qual eu estou ligada como instância maior. É logico que o partido, hoje, não se define nem atua sozinho. Mas se o Podemos decidir em apoiar o Marcio Bittar, vou apoiá-lo sem problema nenhum como candidato ao Senado ou se tiver outro candidato junto com o meu Partido.

A senhora está morando de fato no Acre?

Marcia Bittar – Moro aqui há 34 anos. Desde então, nunca sai de fato daqui. Outro dia um jornalista me perguntou se eu estou aqui para apoiar o Bocalom [Tião Bocalom, prefeito de Rio Branco e candidato à reeleição]. Eu não vim para apoiar a reeleição do prefeito. Eu estou aqui e apoio Bocalom. Eu sou uma acreana. Tenho duas filhas, que moram fora. Uma mora fora daqui porque é casada e a outra, está terminando a faculdade. Mas meu filho João Paulo mora aqui e eu me divido para vê-los. Então, quando vou para Brasília, é para ver minhas filhas, e até fico lá por algum tempo. Mas estou sempre voltando para o Acre porque é aqui que eu vivo. Sinceramente, eu não sei se eu conseguiria de fato viver em outro canto do país. Aqui estão meus amigos. Quando eu cheguei aqui eu era muito nova. Cheguei aqui em 1989.

A senhora está com quantos anos ?

Marcia Bittar – [rindo, mais uma vez…] Deixa isso quieto. Isso é um segredo, um segredo de Estado. Não falo disso nem sob decreto. O que digo é que estou aqui há 34 anos. Tenho amigos e amigas minhas aqui que são mais íntimos do que membros da mina família ou minhas irmãs, como é o caso da Wania Pinheiro [jornalista, sócia-diretora do site ContilNet). A Wania foi a primeira pessoa que conheci no Acre, quando cheguei em Sena Madureira. Eu vi a Wania grávida, se você quer saber. Ela estava grávida do Pedro, seu filho mais novo. Para ver você o tanto de anos que tem isso e aqui eu fiz minha família. Quando cheguei aqui, eu era uma menina. Aqui, me tornei mulher, mãe de família e a minha história de vida é aqui. Para mim, a política é uma atividade que não é só uma atividade profissional. É um monte de coisa – emoção, sentimentos de toda espécie. Eu tenho um carinho muito grande por esse Estado e sua gente.

Marcia foi candidata ao Senado nas eleições de 2022/Foto: Reprodução

Em 2022, a senhora quase foi protagonista do processo e ao mesmo tempo acabou também não sendo. Esteve cogitada como candidata a vice e acabou não sendo. O que aconteceu? A senhora tem mágoa daquele processo? A senhora, que foi cogitada para ser vice-governadora, acabou tendo aquela votação pífia para o Senado?

Marcia Bittar – Não acho que tive uma quantidade de votos pífia. Tive muitos votos, 42 mil votos, apesar de todos os problemas que passei. Sofri um desgaste muito grande. Primeiro, fui convidada para ser vice. Depois, tive meu nome retirado. Quando fui convidada, eu não quis. Mas fui cobrada pelo grupo político a que pertencia, e acabei aceitando. No final das contas, me tiraram. Ou seja, me colocaram e me tiraram, sem minha anuência para uma coisa ou para a outra. Isso me desgastou demais. E aí veio todo o tipo de perseguição. Eu fui perseguida de uma maneira covarde. Fui apedrejada sem saber nem de onde vinham as pedras e o que eu havia feito para merecer, se é que mereci, tudo aquilo. Minhas maiores virtudes, a seriedade, minha questão espiritual e religiosa, viram defeitos meus. É óbvio que posso ter errado aqui e acolá – todo mundo erra, e eu tenho muito o que apreender ainda, mas tenho minhas qualidades que não quiseram reconhecer.

A senhora teve vontade de desistir da política por causa disso?

Marcia Bittar – Não, de jeito nenhum, em nenhum momento. Outro dia eu estava vendo a convenção do Partido Republicano dos Estados Unidos, na TV, quando a porta-voz do Trump, Sarah Sanders Huckabee, que foi, quando esteve na Casa Branca, atacada de tudo quanto foi nome, pelos próprios colegas jornalistas. Foram coisas terríveis que a fizeram pensar em desistir. O Donald Trump então chegou para ela e disse: você é uma mulher fantástica e inteligente. A política precisa de você. Ela contou isso na convenção, eu vi pela TV. E ela não desistiu. Hoje é governadora do Estado americano do Arkansas. Quando fui atacada, não vi nenhum movimento feminista, daquelas mulheres que deveriam nos defender uma às outras, sair em minha defesa. Eu fui acusada de tanta coisa… para se ter uma ideia, questionaram na televisão, a paternidade dos meus filhos. Na Assembleia, um deputado lá [Daniel Zen, do PT], disse que eu tinha um caso fora do casamento. Foram ofensas muito grandes e ninguém me defendeu.

E a senhora não processou o deputado, que, aliás, é advogado e professor de Direito e que sabe ter cometido crime?

Marcia Bittar – Eu acho que não devia ser eu a processá-lo. Deveria ser quem foi atingido também, o partido, a sigla, as pessoas da direção da minha candidatura. Foi uma infelicidade do deputado. Como eu estava muito ocupada com a campanha, não fui atrás disso na época. Talvez, quem saiba, um dia, no futuro. Enfim, para dizer que não tenho mágoas daquilo tudo, eu precisaria ser santa e estar no céu. Mas penso que o perdão também precisa ser dado.

Mas o fato é que a gente perdoa mas não tem amnésia, não é? Eu tive apoio da minha família, óbvio, mas de resto me senti abandonada, mas não arreguei e vim até o final. Há um negócio dentro de mim que não me deixa desistir das coisas. Mas hoje estou em paz. Lendo muito a Bíblia, estudando, apesar de que estou num momento sabático, dizem os estudantes. A vida é assim: há momentos em que você esta operando e momentos em que tem que se recolher um pouco.

Marcia Bittar é uma mulher religiosa/Foto: Cedida

Quando a Renata Abreu me chamou para fazer parte do Podemos, eu logo atendi porque ela tem um discurso de colocar a mulher no discurso e na ação política. Entendo isso hoje porque, quando fui candidata ao Senado, minha pauta, minha agenda e bandeira era – e ainda é – defender a família. Não há coisa mais importante na sociedade do que a família. Aliás, o Estado foi feito para defender a família. Não tenho esse sectarismo de defender só o homem, só a mulher, só adolescentes, pessoas que têm a opção sexual diferente, só os desempregados., os doentes. Na família estão todas essas figuras.

Essa sua defesa leva-me, claro, a fazer a pergunta a seguir, que parece óbvia: a senhora vai casar de novo, vai se permitir a um segundo casamento?

Marcia Bittar – A bem da verdade, devo dizer que não partiu de mim a separação. Eu fiz de tudo para manter aquele casamento. Mas a pessoa tem livre arbítrio e sabe o que fazer. Eu não tenho nada contra pessoa casar uma segunda vez. Sou contra a traição, a falta de lealdade nas relações. Penso que família é algo de Deus. E minha família hoje sou eu e os meus três filhos. Sem família, você não tem estrutura suficiente para enfrentar o que a vida lhe apresenta. É na família que você aprende tudo. E eu sempre defendi isso como professora que sou: a escola ensina; a família, educa.

A família educa em cima de princípios e valores que vão formar o caráter da pessoa. Eu tive a bênção de ter três filhos maravilhosos. Maravilhosos é isso que elas duas e o meu filho são. Todos bem educados, que eu e o pai educamos muito bem. Mas, casar de novo, para eu mesma, ainda não houve esse canto do boto, que aqui na região substitui a sereia [rindo]..

Mas, para um embate politico em 2026, a senhora está pronta?

Marcia Bittar – Para isso, sim, estou. Aliás, já estou agora. Quando a Renata [Abreu, presidente do Podemos], me pediu para eu agir no sentido de proteger as mulheres, principalmente no Acre, um dos estados com os maiores índices de feminicídios do país, a minha passou a ser a pauta da mulher e de defender a família, mas também defender as mulheres, porque, quando a pedra vem, vem de todo canto. A atividade política é muito machista.

Para a senhora, o que significa ser mulher num dos estados do país que estão entre os quatro, em segundo lugar, como os que mais matam mulheres (Mato Grosso, Acre, Rocantins e Rondônia)?

Marcia Bittar – A violência contra a mulher é algo é muito lamentável, principalmente num país em que o presidente da República, lamentavelmente, incentiva essa brutalidade, dizendo, de forma jocosa, que corintianos podem bater em mulher, e agora também faz piada com mulher que não tem profissão. A meu ver, isso é um incentivo, uma fala perigosa. Mas, enfim, cada cabeça é uma sentença.

Fato é que nós, mulheres, somos mais da metade do eleitorado brasileiro, e no Acre isso também não é diferente. Somos a metade e a outra metade, a gente colocou no mundo. Então, como é que pode os homens agirem assim contra as mulheres.

O homem mais poderosos que já caminhou sobre a Terra, Jesus Cristo, teve uma mãe. A mulher é um ser abençoado por Deus. Deus escolheu um ser como Maria, que é uma mulher, para se fazer homem na Terra. As mulheres são abençoadas, mas também precisam se proteger. Eu mesmo, estou tirando o CAC (sigla para porte de arma para atirador, caçador e colecionador, documento de alcance nacional, de qualquer arma de porte velado, revólver ou pistola, de calíbre permitido).

Marcia está tirando o CAC, sigla para porte de arma para atirador, caçador e colecionador/Foto: Cedida

A senhora acha que, por ser mulher, a mulher tem que andar amarda? É isso que a senhora vai defender, se for deputada?

Marcia Bittar – Acho que ela tem o direito e de como se defender. Essa imposição do governo federal de desarmar às pessoas, leva a isso: a violência aumentou, as agressões e mortes de mulheres também. As mulheres têm o direito de se proteger. Particularmente, eu vou ter aulas de tiro esportivo.

Marcia Bittar e Tião Bocalom/Foto: Reprodução

E a senhora já deu alguns tiros na vida?

Marcia Bittar – Sim, muitos, mas só de forma esportiva. Tenho um instrutor e essa semana começo a fazer mais aulas porque entendo que a mulher tem que se defender. Na política, a mulher sofre muito. Eu sou o exemplo de uma mulher política que foi atacada de tudo quanto foi forma. E aqui entra a história do Bocalom comigo. O prefeito chegou para mim e disse: Marcia, você é uma mulher virtuosa e não merece o que está acontecendo. E vou ficar contigo até o final da campanha. E assim o fez. Por isso, essa dívida de gratidão que tenho por ele.

A senhora acha que ele ganha a eleição?

Marcia Bittar – Eu tenho certeza, mas, mesmo que ele tivesse em ultimo colocado eu estaria com ele por tudo o que ele fez comigo, ter segurado minha mão e estou muito feliz por ter ele estar num segundo relacionamento, feliz, depois de tudo o que ele passou coma senhora Beth, esposa dele, que ficou anos em coma e ele nunca a abandonou. O Bocalom precisa ter o olhar respeitoso de todas as mulheres.

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