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Marina diz que fumaça no DF vem de incêndios na Amazônia, Pantanal e Bolívia

Por Correio Braziliense

A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, afirmou, neste domingo (25/8), que a fumaça que tomou conta do céu do Distrito Federal é proveniente de incêndios em outras regiões do Brasil, como Amazônia e Pantanal, e até mesmo da Bolívia. A declaração ocorreu após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para discutir os focos de incêndio, que se espalham por todo o país.

Brasília amanhece encoberta por fumaça causada por incêndios florestais dos últimos dias/Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

“Temos dois fatores que fazem com que a gente tivesse hoje essa situação terrível de fumaça aqui na capital federal. Tem processos de incêndio de fogo no entorno de Brasília e isso influencia com essa cobertura de fumaça e também a fumaça que provavelmente está vindo de outras regiões. Isso aí o pessoal da nossas equipes técnicas estão fazendo avaliação pra poder dizer exatamente de onde veio essa fumaça em função das correntes de ar”, alegou. O encontro ocorreu na sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), onde está localizado o Prevfogo.

A ministra também comentou sobre a situação nos biomas brasileiros e na Bolívia. “Agora, nesse momento, temos fogo na Amazônia, no Pantanal. A Bolívia está numa situação de muita penúria, inclusive nos pediram ajuda, mas o Brasil está usando todo recurso que tem para fazer a abordagem nos lugares em que temos incêndios”

Segundo ela, o governo federal tem realizado um trabalho preventivo em relação ao combate ás queimadas e que se não fosse isso, o país estaria em uma situação “incomparavelmente difícil”.  “O importante é que fizemos um trabalho preventivo. Se não tivéssemos nos preparados desde 2023 pra fazer esse enfrentamento nós estaríamos numa situação muito difícil. Se não tivéssemos reduzido o desmatamento 50% no ano passado na Amazônia e 45% nesse ano, estaria numa situação incomparavelmente difícil”, disse.

“Então o que temos aqui é um governo que já tem uma sala de situação que está trabalhando há mais de dois meses, uma série de medidas que vem sendo tomadas do ponto de vista legal, diminuindo o interstício para a contratação de brigadistas,  mudando a legislação para possível apoio externo caso seja necessário e, ao mesmo tempo, aprovando crédito extraordinário para poder fazer o reforço que já está em campo”, apontou, citando ainda o trabalho do Ministério do Meio Ambiente, Ibama, Icmbio, Polícia Federal e Ministério da Defesa em conjunto com a Marinha, Aeronáutica, Exército e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que realiza o trabalho à margem das estradas.

Operação de guerra

A ministra ainda caracterizou que o país tem montado desde 2023 uma “operação de guerra” contras as queimadas. “Vejam que é uma operação de guerra. Isso não estaria acontecendo se, na transição, não tivéssemos pensado medidas para os 100 dias, se essas medidas não tivessem sido desdobradas ao longo de 2023 e aquilo que nos prevíamos, que havia uma antecipação em 2024 aconteceu e ainda bem que o presidente Lula fez todo um esforço para que tivéssemos esse trabalho com todos os ministérios”.

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