São Paulo — A triagem dos objetos pessoais das vítimas do acidente aéreo que matou 62 pessoas em Vinhedo, no interior de São Paulo, foi adiada após a perícia encontrar material genético no local onde estavam os corpos dos passageiros.
Antes da retirada dos pertences das vítimas, a Polícia Científica pretende recolher todos os restos mortais das vítimas e encaminhá-los para o Instituto Médico Legal (IML), no centro da capital.
O processo de triagem dos objetos pessoais dos passageiros será feito por uma empresa contratada pela VoePass, companhia aérea responsável pelo voo.
Os itens serão recolhidos, decontaminados e catalogados. Posteriormente, serão identificados e encaminhados para as famílias.
A determinação para que a retirada dos pertences fosse adiada partiu do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão ligado à Força Aérea Brasileira (FAB) que investiga as causas do acidente.
Ação inicial
Nessa segunda-feira (12), o Cenipa informou ter concluído a primeira etapa da investigação, a ação inicial, que consiste na coleta de informações no local do acidente. Agora, tem início a etapa da análise de dados. Um relatório preliminar deve ser divulgado em 30 dias.
A principal suspeita sobre o que teria provocado o acidente é uma falha no sistema anticongelamento do ART 72, que teria feito com que o avião acumulasse gelo nas asas e que o piloto perdesse o controle. A aeronave caiu verticalmente em “parafuso chato” após perder sustentação. Ao se chocar com o solo, explodiu e causou um incêndio.