Kerollyn morava com a mãe e os irmãos em Guaíba, e o pai vive em Santa Catarina.
“Sempre deixei claro para ela [a mãe]: ‘Cara, se tu não quer cuidar da guria, se tu não tem paciência, então dá a guria para mim, deixa que ela fica comigo, que eu cuido, e não tem problema’. Só que ela [a mãe] nunca quis, ela nunca aceitou”, lamentou Matheus.
O Conselho Tutelar do município informou que acompanhava o caso de Kerollyn e que havia um expediente aberto sobre violação de direitos.
De acordo com o Tribunal de Justiça, provas apresentadas pela Polícia Civil indicam que a mulher submetia a filha a intenso sofrimento físico e mental. A investigação apontou, ainda, que a menina seria vítima de “negligência e extrema agressividade”, com características de maus-tratos, abandono de incapaz e tortura.
A mulher, em depoimento, não teria apresentado surpresa ao ser informada da localização de um corpo que poderia ser o da filha. Ela teria, na verdade, ficado com raiva por ser considerada suspeita. A polícia aguarda o resultado de exames de corpo de delito para que a causa da morte da criança seja determinada.