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Mesmo rachados em Rio Branco, Petecão e Gladson têm alianças em prefeituras cruciais para 2026

Por Matheus Mello, ContilNet

Na disputa pela Prefeitura de Rio Branco já está decretado: é Gladson de um lado, Petecão do outro. O senador até que tentou fazer uma ponte entre o governador e o MDB sobre uma possível aliança em torno da candidatura de Marcus Alexandre. O governador até chegou a ir em uma reunião na Tenda Amarela. Mas sem sucesso. Gladson decidiu apoiar a reeleição de Tião Bocalom.

Gladson e Petecão/Foto: Reprodução

Contudo, no interior o senador e o governador parecem ter colocado as rusgas de lado e estarão no mesmo palanque, incluindo em municípios considerados cruciais para as eleições estaduais de 2026. É o caso de Porto Walter, onde Gladson e Petecão são um dos maiores apoiadores da reeleição do prefeito César Andrade.

Na convenção do prefeito, ocorrida na última semana, Petecão gritava pelos quatros cantos de Porto Walter: “É 11! A campanha pegou vento”, falando o número do Progressistas, partido de Cameli. O candidato a vice na chapa de César, é o PSD, do senador.

De última hora

O mesmo aconteceu em Brasileia. Petecão estava fechado com a candidatura de Suly Guimarães, também do Progressistas de Gladson. Com a desistência de última hora da pupila de Fernanda Hassem, o senador seguiu na aliança com o PP e firmou apoio a Carlinhos do Pelado, escolhido pelo partido do governador para substituir Suly. Mais um caso da união Petecão/Gladson. Vale lembrar que Brasileia é um dos maiores colégios eleitorais do Acre.

Em Mâncio Lima, Petecão e toda a cúpula do governo de Gladson – exceto Bittar -, estarão no palanque do candidato do Progressistas, Zé Luiz. Ele terá além do senador, o apoio de deputados federais e estaduais fiéis a Gladson.

Tanto em Brasileia, quanto Porto Walter e Mâncio Lima, os candidatos do partido de Gladson são aliados de Petecão e não irão apoiar a reeleição de Marcio Bittar para o Senado em 2026. Por isso os olhos estão atentos sob essa aliança entre Petecão e Gladson em alguns municípios.

Acontece que Bittar já informou que a chapa da direita para as próximas eleições estaduais, terá ele e Gladson disputando as duas vagas para o Senado e Alan Rick para o governo. Ou seja, a conta não bate. Alguns prefeitos, se reeleitos, terão que se indispor com o governador e não acatar a possível indicação de apoio a Bittar. Vão seguir com Petecão em troca do suporte recebido nas eleições deste ano.

Vai precisar se decidir

O sucessor de Bené Damasceno, em Porto Acre, Máximo Costa, se eleito, vai precisar se decidir sobre quem irá apoiar em 2026. Acontece que ele é o único candidato que terá o apoio de Gladson Cameli, Sérgio Petecão e Marcio Bittar, todos candidatos ao Senado. Vale lembrar que nas próximas eleições serão apenas 2 vagas em disputa.

As duas maiores

As duas maiores prioridades de Sérgio Petecão é justamente onde o senador terá o maior embate com Gladson Cameli em 2026: Rio Branco, o maior colégio eleitoral do Acre, onde o governador apoia a reeleição de Tião Bocalom e o senador é fiel parceiro de Marcus Alexandre, do MDB, e em Cruzeiro do Sul, onde Gladson apoia a reeleição de Zequinha, também do Progressistas e Petecão é um dos principais aliados de Jessica Sales, do MDB.

Um jogo arriscado entre Progressistas, PSD, MDB e PL, que só terá um final em outubro deste ano.

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