Há um ano, ocorreu a queda de um avião bimotor que resultou na morte de Garon Maia e seu filho, um menino de 11 anos. As causas do acidente ainda estão sendo investigadas pela Força Aérea Brasileira (FAB) e o caso permanece sem conclusão.
O acidente aéreo aconteceu em Vilhena, no dia 29 de julho, perto da divisa com o município de Comodoro (MT). Os corpos de Garon e de seu filho foram encontrados no dia seguinte, após uma intensa busca realizada por bombeiros e funcionários de uma fazenda.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) confirmou que a investigação do caso continua e que a conclusão será feita “no menor prazo possível, dependendo da complexidade da ocorrência ou da necessidade de identificar possíveis fatores contribuintes”.
Os destroços da aeronave foram localizados em uma área de mata, a seis quilômetros do último ponto registrado pelo radar.
O acidente com o bimotor ocorreu cerca de oito minutos após a decolagem do aeroporto de Vilhena.
De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião que caiu era um Beechcraft Baron G58, fabricado em 2011, com capacidade para transportar até cinco passageiros, mas naquele voo estavam apenas Garon e seu filho. A aeronave tinha permissão para voos noturnos e estava registrada na categoria de serviços aéreos privados.
Consultores de aviação acreditam que, pelo fato do bimotor não ter sido encontrado no mesmo ponto onde desapareceu do radar, a principal suspeita do acidente é uma falha mecânica.
Apuração
A investigação do acidente começou na mesma semana do ocorrido. Para confirmar os fatores que podem ter contribuído para o acidente, várias análises estão sendo feitas, incluindo:
– perícia nos destroços do avião;
– depoimentos de testemunhas da decolagem e pouso;
– recuperação de documentos, dados de inspeções técnicas e de manutenção;
– verificação da qualidade do combustível utilizado.
Garoto pilotando aeronave
Um vídeo divulgado nas redes sociais na semana do acidente mostra o menino Francisco Veronezi Maia, de 11 anos, pilotando um avião bimotor ao lado de seu pai, Garon.
A gravação, feita pelo pai do menino, mostra Garon sentado no banco do copiloto enquanto o bimotor está alinhado para decolagem em uma pista de terra, em uma área rural. Garon instrui a criança, perguntando se está tudo certo e pedindo para ele acelerar o bimotor.
O vídeo também mostra um alerta de proximidade ao solo e Garon tapando com a mão o prefixo no painel para impedir a identificação da aeronave. Em outra parte da gravação, o pecuarista aparece bebendo uma cerveja enquanto o menino manuseia o manche do avião. “O passageiro pode tomar uma, né Kiko?”, pergunta ele ao garoto.