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Mulher trans usava apelidos para extorquir vítimas após sexo virtual

Por Metrópoles

Um grupo cibercriminoso que extorquia dinheiro das vítimas após conversas com conteúdo sensual é alvo de operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), nas primeiras horas desta quinta-feira (1º/8). Equipes da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) cumprem dois mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária.

Uma das investigadas, uma mulher trans de 23 anos, utilizava nomes masculinos e femininos para criar perfis falsos e executar os crimes.

Leonardo hladczuk/Metrópoles

A investigação que deu origem à Operação Digital Illusion teve início após o diretor de uma entidade de classe federal registrar ocorrência pelo crime de extorsão.

Em outubro de 2023, a vítima recebeu uma mensagem de um número desconhecido que iniciou a conversa mostrando a imagem de uma mulher e perguntando se ele a achava bonita.

Veja imagens da operação:

Após a conversa, o autor da mensagem demonstrou conhecimento detalhado da vida pessoal da vítima e solicitou uma “ajuda financeira” para não divulgar a conversa, mencionando que tinha amizade com um repórter.

Os criminosos utilizavam informações pessoais das vítimas obtidas por meio de perfis falsos nas redes sociais e contatos telefônicos para extorquir dinheiro, ameaçando divulgar conversas e informações comprometedoras.

Itens apreendidos com grupo de cibercriminosos – PCDF/Reprodução

Grupo organizado

A operação envolvia a utilização de múltiplos números de telefone e aparelhos, dificultando a rastreabilidade. O grupo era organizado, com membros desempenhando diferentes funções, desde a obtenção de informações até a execução das extorsões.

A investigação durou dez meses, devido à complexidade do grupo cibercriminoso, que utilizava diversos números de telefone e aparelhos para dificultar a rastreabilidade.

Durante esse período, a Polícia Civil identificou e monitorou os principais suspeitos, culminando na ação desta quinta.

Os envolvidos serão investigados pelos crimes de extorsão, cuja pena máxima é de 10 anos, e associação criminosa, que tem pena máxima de três anos. Os suspeitos não tinham antecedentes criminais.

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