O Ministério da Saúde do Peru divulgou um guia para o uso seguro da ayahuasca, uma bebida tradicional da Amazônia, que afirma trazer benefícios à saúde se tomada corretamente, mas apresenta riscos significativos a serem considerados.
“Dada a recente discussão sobre o uso da ayahuasca, o Centro Nacional de Pesquisas Sociais e Interculturalidade em Saúde (Censi) do Instituto Nacional de Saúde destacou a importância de informar adequadamente o público sobre os riscos e responsabilidades associados ao uso desta planta mestre”, disse o ministério em comunicado.
“No entanto, a sua utilização deve ser acompanhada de uma profunda consciência e respeito pela sua origem cultural, bem como de uma atenção rigorosa à segurança física e mental dos participantes”, afirmam Especialistas do Censi.
O Censi também destaca o potencial terapêutico da ayahuasca, principalmente no tratamento de dependências contemporâneas. “A sua eficácia baseia-se não só no manejo delicado das plantas medicinais, mas num complexo corpo de conhecimentos que inclui um triplo nível de ação simultâneo: físico, mental e espiritual”, explicou.
Uso da ayahuasca
- As recomendações para seu uso incluem o respeito ao uso tradicional e científico desta bebida, e enfatiza a importância do uso da ayahuasca em seu contexto cerimonial e espiritual, respeitando tanto os conhecimentos ancestrais quanto as recomendações indígenas e científicas.
- Indica que devemos enfrentar práticas que distorcem o seu uso tradicional ou promovem combinações irresponsáveis com outras substâncias.
- Sugere também avaliar as condições de saúde, pois é fundamental que os interessados em participar de uma cerimônia de ayahuasca conheçam suas condições de saúde pré-existentes, medicamentos que tomam ou histórico de problemas de saúde mental, pois “esses fatores podem gerar complicações graves ou até fatais”.
- “Dada a crescente popularidade do turismo em torno da ayahuasca, alertamos para os perigos de participar em cerimônias conduzidas por pessoas sem formação adequada ou que sejam realizadas sem o devido respeito pela tradição e pela segurança do participante”, afirmam os especialistas.