A Polícia Civil identificou nesta segunda-feira (26) quatro pessoas suspeitas de enterrar dois cachorros vivos em Pedra de Guaratiba, Zona Oeste do Rio. Os investigados irão responder pelos crimes de maus-tratos e abandono de animais.
Na última quarta-feira (21), os cãezinhos foram resgatados por pescadores em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Os bichinhos, muito debilitados, foram largados às margens do Rio Piraquê.
De acordo com as investigações da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), as tutoras dos animais Sirley Sobrera, 69 anos, e Rita de Cássia, 53 anos, pagaram cerca de R$ 300 para o pedreiro Carlos Augusto de Oliveira, vulgo “Mineiro”, matar e enterrar os cães.
Uma quarta pessoa, identificada como Miguel Domingues, ajudou as suspeitas a colocarem os cachorros dentro do carro de Sirley.
De acordo com a polícia, Sirley levou os animais para Carlos e, após receber a quantia, o homem pegou os cachorros de dentro do veículo, os amarrou e os colocou dentro de sacos de ração de 15 kg, imobilizando-os.
O pedreiro foi até uma área de mangue e enterrou os animais vivos para se afogarem com a subida da maré, segundo as investigações. O veículo usado para transportar os cães foi localizado, apreendido e levado para a perícia.
O delegado André Prates diz que as pessoas envolvidas não mostraram arrependimento.”Eu vi uma frieza incomum, uma indignação de o plano ao ter dado certo. Não foi possível auto de prisão em flagrante pelo decurso do tempo. Porém, o inquérito está apto, vou relatar essa semana e remeter ao Ministério Público e Justiça para decisões de denúncia e responder ao processo.
Os cãezinhos foram resgatados e levados de carro para a Fazenda Modelo, onde receberam os primeiros socorros, mas precisaram ser transferidos com urgência para uma clínica veterinária.
Na clínica, os animais foram colocados no soro, receberam cuidados para lesões na pele e nos olhos, fizeram exames e foram medicados. Ambos foram diagnosticados com parvovirose canina, uma doença grave que afeta o sistema gastrointestinal e provoca diarreia e vômito.
Os animais estão em um lar temporário e, depois de recuperarem a saúde, os cachorrinhos serão disponibilizados para adoção, através da ONG Pello Bem.
“Eles foram encaminhados para a casa de uma pessoa que sabe cuidar desses animais, porque eles precisam de isolamento.E logo após eles terminarem esse tratamento, já têm um lar pra ficar”, explica Patrícia Carla Schmalz, coordenadora da ONG.
Os quatro investigados irão responder pelos crimes de maus tratos e abandono de animais, com pena de até 5 anos de reclusão.
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