Um restaurante no centro de Itajaí, município de Santa Catarina, foi denunciado por vizinhos por suspeita de comercializar carne de pombo em suas marmitas, vendidas a R$ 10. O estabelecimento foi interditado pela Vigilância Sanitária no dia 17 de julho.
A interdição ocorreu depois de várias irregularidades serem encontradas, inclusive a presença de caixas de papelão contendo diversos pombos vivos. O local também não tinha alvará de funcionamento.
No dia 2 de agosto, o restaurante foi reaberto após cumprir uma série de exigências da Anvisa, como higienização completa, proteção contra insetos, padronização de uniformes e outros.
Embora não tenha sido comprovado que os pombos fossem servidos nas marmitas, muita gente se questionou sobre a presença do animal na cozinha do estabelecimento, bem como os riscos de consumo, caso houvesse.
Manter animais em cozinhas representa um alto risco sanitário. Para se ter uma ideia, o pombo pode ser responsável por enfermidades como Salmonelose e micoses profundas, além de meningite.
Pombos urbanos, inclusive, costumam apresentar, por si só, risco para a saúde pública, de modo que especialistas recomendam medidas de controle, como não alimentar as aves, a fim de diminuir o número de ovos e filhotes do animal.
Consumo de pombo é comum em alguns lugares
O consumo de carne de pombo pode até soar estranho, mas a ave já serviu de fonte de proteína para a humanidade durante muitos anos, inclusive na época romana. Hoje, costuma ser consumida em países como Egito, Oriente Médio, Europa e Ásia.
Já no Brasil, é notada uma ingestão maior em regiões rurais, principalmente no Rio Grande do Sul. Lembrando que consumir pombos urbanos, ainda que cozidos, pode colocar a saúde em risco. Por isso, o consumo considerado seguro é feito por pombos de criação, com as devidas certificações.