Porto Velho voltou a liderar, nesta segunda-feira (26), o ranking das cidades com a pior qualidade do ar no mundo, segundo dados da IQAir. Com um índice alarmante de 448, a poluição na capital é classificada como perigosa para a saúde da população.
A concentração de PM2,5 na cidade é atualmente 58,4 vezes maior do que o valor anual recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), evidenciando a grave situação ambiental enfrentada pelos moradores.
Rondônia vem sofrendo com uma escalada nas queimadas, que se espalham por quase todas as cidades do interior, contribuindo para o ar insalubre em Porto Velho.
Esse cenário remete a 2022, quando o governo do estado se recusou a assinar uma carta em defesa da Amazônia, entregue por governadores ao presidente Lula na COP27.
O documento, que propunha um compromisso com uma “floresta viva” e reconhecia a emergência das mudanças climáticas, não foi endossado pelo governador de Rondônia, que apoiou o agronegócio e acabou reeleito.
Com um aumento exponencial dos focos de incêndio no estado, que saltou de 1.715 em agosto de 2023 para 5.068 segundo o INPE antes mesmo do fim de agosto de 2024, a devastação ambiental em Rondônia atinge níveis preocupantes, intensificando a crise de qualidade do ar em Porto Velho.