A seca severa nos rios da Amazônia, especialmente no Acre, cuja grande maioria das cidades, incluindo a Capital, é banhada pelos mananciais e têm nas vias fluviais seu principal meio de transporte, pode impactar no pleito eleitoral deste ano. A perspectiva é de que, a persistir a seca até outubro, quando ocorre o primeiro turno das eleições, por dificuldades no transporte, muitos eleitores podem deixar de votar e isso contribuiria para o aumento das abstenções, que são registradas em cada pleito na média de 30% do total de votos.
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“Precisamos construir um plano com alternativas para um pleito eleitoral de maneira segura”/Foto: Reprodução/EPTV
As preocupações neste sentido foram manifestadas pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC), desembargador Júnior Alberto. O magistrado convocou os juízes eleitorais de todas as comarcas do Acre para uma reunião a ser realizada nesta sexta-feira (9), em Rio Branco, para debaterem estratégias de enfrentamento às possíveis dificuldades de transportes de eleitores ribeirinhos.
“A reunião será fundamental para traçar estratégias que garantam a acessibilidade dos locais de votação e a integridade do processo eleitoral no Acre. O TRE segue atento e atuante para assegurar que todos os eleitores do estado possam participar do pleito de maneira democrática e inclusiva, apesar dos desafios impostos pela seca”, disse o desembargador.
O desembargador defendeu a necessidade de apresentação de um plano de contingência que possa garantir o transporte, além de discutir outras questões relacionadas à seca dos rios.
“Precisamos construir um plano com alternativas para um pleito eleitoral de maneira segura”, disse o desembargador ao solicitar que os juízes eleitorais avaliem os locais de votação que dependem de transporte fluvial. “Com diversos locais de votação na jurisdição do TRE do Acre sendo acessíveis exclusivamente por vias fluviais, a navegabilidade comprometida dos rios pode representar um sério desafio logístico para o transporte de urnas e eleitores. Precisamos garantir que todos os eleitores do estado possam exercer seu direito ao voto, mesmo diante das adversidades que as condições climáticas nos impõem”, disse Júnior.