São Paulo — A VoePass concluiu, na noite da última terça-feira (20/8), a retirada dos pertences das 62 vítimas mortas após um avião da companhia cair no último dia 9 de agosto em Vinhedo, no interior de São Paulo. Próximo passo é a limpeza e a descontaminação do local, iniciada por uma empresa contratada pela companhia aérea.
Em nota enviada ao Metrópoles, a companhia confirmou a informação e informou que não há previsão para o término desta fase.
Retirada dos destroços
Os destroços da aeronave que caiu em Vinhedo foram retirados no último sábado (17). Eles foram levados pela VoePass para a sede da empresa em Ribeirão Preto, no interior paulista.
O procedimento garante que as bagagens recolhidas pela companhia aérea passem por um processo de limpeza e separação, também em Ribeirão Preto. A companhia aérea disse que se responsabilizará pelos prejuízos dos morador da casa atingida pelo acidente — que teve danos no telhado, no muro e chegou a ficar interditado.
PF também investiga
A equipe da Polícia Federal (PF) designada para investigar o acidente aéreo aguarda laudos do Instituto Nacional de Criminalística (INC) e da FAB para descobrir a causa da tragédia e indiciar eventuais responsáveis.
Pessoas ligadas à investigação, ouvidas pelo Metrópoles, afirmam que ainda é prematuro falar em suspeitos, mas não estão descartadas as hipóteses de crime culposo, por negligência ou imprudência, e até crime doloso com dolo eventual, quando se assume o risco de cometê-lo, mesmo que não tenha tido a intenção.
A PF vai analisar se a aeronave ATR 72 da VoePass, prefixo PS-VPB, estava com manutenção em dia e se todos os equipamentos necessários para o voo estavam funcionando. Ex-funcionários da companhia aérea já relataram uma série de problemas em aeronaves da empresa, como o improviso de um palito de fósforo para resolver um problema no botão que aciona o sistema antigelo.