Antonia Fontenelle e Dri Paz são condenadas no caso de Klara Castanho

A youtuber e a influenciadora foram penalizadas por expor a gravidez indesejada da atriz e disseminar fake news sobre a adoção da criança

Durante o sábado (31), o caso Klara Castanho teve mais um desdobramento judicial. A youtuber Antonia Fontenelle, que expôs a gravidez da atriz e doação de seu filho (fruto de um estupro), foi condenada a 3 anos e 3 meses em regime semiaberto, segundo os documentos obtidos pelo colunista Daniel Nascimento, do Jornal O Dia.

Klara Castanho à esquerda; Antonia Fontenelle à direita/Foto: Reprodução/Instagram/@klarafgcastanho/@antoniafontenellereal

Relembre o Caso

Em setembro de 2022, a atriz Klara Castanho (hoje com 23 anos) abriu uma queixa-crime contra Léo Dias, Antonia Fontenelle e Adriana Kappaz por difamação e injúria através das notícias publicadas na internet à época em que ela revelou ter tido um filho e o entregado para a adoção. Na queixa, a atriz os acusou de falarem inverdades e muitas fake news acerca de sua gravidez indesejada, sem saber de toda a história. E também de ter criado um roteiro sombrio e mentiroso sobre ter ficado sozinha durante esse período. No pedido da condenação, exigia que os 3 envolvidos fizessem um acordo para cumprir a pena de forma imediata. O acordo poderia variar de serviços comunitários a multas em dinheiro.

Nesse mesmo processo que condenou Antonia Fontenelle, foi condenada também a Influenciadora Digital Adriana Kappaz (conhecida como Dri Paz). Ela foi condenada a 1 ano, 9 meses e 22 dias de reclusão em regime aberto pelos crimes de calúnia, injúria e difamação. Segundo os documentos apurados, essa pena pode ser substituída por penas mais restritivas de direitos, dando assim o direito à prestação de serviços à comunidade e a indenização à Klara Castanho em 10 salários-mínimos (totalizando R$ 14 mil reais). Elas poderão recorrer da decisão.

Influenciadora Adriana Kappaz à esquerda; atriz Klara Castanho à direita/Foto: reprodução/Instagram/@dripazdosrole/@klarafgcastanho

O que dizem os advogados de ambas

Segundo Fábio Galvão, advogado de Antonia Fontenelle, há erros muito claros quanto à decisão tomada no tribunal. Galvão defende que há uma estratégia de intimidação contra sua cliente e defende que Antonia já fez todas as retratações acerca desse caso. Leia a nota:

“Por não haver intenção de difamação, a decisão é incorreta. A Antônia sequer mencionou o nome de Klara, ao contrário dos outros réus. O nome da atriz não foi mencionado por Antônia, mas sim por outros. Isso não é difamação, mas é claro que os interesses jornalísticos estavam presentes quando a história foi divulgada ao público com todos os seus aspectos dramáticos conhecidos e respeitados. Klara é uma figura pública que atrai o público. Cobrir esse tipo de notícia faz parte da liberdade de imprensa, que não pode ser confundida com difamação, intimidação, censura, ainda mais em ano eleitoral. Portanto, observe que o desenrolar da história levou à conclusão de que o interesse da mídia no assunto era justificado. Para piorar as coisas, Antônia se defendeu de uma acusação, mas a juíza reavaliou os fatos e cerceou sua defesa. Porque a sentença apresentou equívocos suficientes para exigir uma reforma completa, isso é um assunto bastante problemático e deve ser discutido na apelação.”

Já a advogada de Adriana Kappaz publicou em nota estar surpresa com a sentença de sua cliente. Segue abaixo a nota postada de sua advogada:

“Eu, a Dra. Raquel Fernandes Silva, advogada que representa a Senhorita Adriana Tommasi Kappaz, disse que ficou surpresa com a divulgação incorreta de reportagens e materiais sobre suas notificações por danos morais, em um processo em que ela não sabia nem haver sido citada. Adriana Tommasi Kappaz só teve conhecimento do processo considerado quando “jornalistas” entraram em contato com ela por e-mail para questioná-la sobre a possibilidade de recurso. Durante o processo tramitando em segredo de justiça, ela foi questionada com o nome dela sendo mencionado em várias publicações. Como resultado, nenhum jornalista, emissora ou site conseguiu ter acesso à decisão mencionada e, mesmo que tivesse, a decisão não poderia ter sido divulgada ao público. Isso será examinado de forma adequada no processo judicial específico destinado a investigar os danos causados ​​ao meu cliente, bem como a prática do crime a ser investigado.”

Vale ressaltar que Antonia Fontenelle não é ré primária devido a um processo por difamação movido pelo youtuber Felipe Neto em outubro do ano passado, no qual a Justiça já tinha feito Antonia pagar R$ 50 mil reais ao influenciador.

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