O médico cardiologista Odilson Silvestre, uma dos mais renomados do Acre, publicou um vídeo nas redes sociais fazendo um alerta aos acreanos sobre a prática de exercícios ao ar livre durante dias com registro de péssima qualidade do ar e fumaça.
Segundo ele, fazer atividades físicas ao ar livre nesses dias, aumenta a chance de infarto e morte súbita. O médico considerou os altos níveis de Material Particulado, que mede o quanto de sujeira tem no ar. Ele lembrou que o normal é em torno de até 15 mp. Atualmente, o Acre chegou a registrar 158 mp.
“Não faça esporte em área aberta porque você pode ter uma morte súbita ou infarto. Porque a fumaça entra, tem gases, dióxido de enxofre, nitrogênio, ozônio. Isso entra nos nossos pulmões e causa uma inflação, inchaço, fica como se fosse uma ferida. Na circulação, aumenta a pressão e a pessoa pode ter um infarto”, explicou.
Ele informou ainda que os piores horários para se praticar atividades físicas nessa situação, são os extremos, de manhã e no final do dia, quando essa sujeira do ar ‘desce’.
De acordo com o Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), vinculado à Sema, o acúmulo de fumaça se deu por conta do elevado número de focos de calor na Amazônia, com fumaça em maior concentração vinda do sul do Amazonas.
Segundo os dados do Cigma, a qualidade do ar nos municípios acreanos apresentou um acréscimo na média diária acima dos níveis recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabelece um limite seguro de 15 microgramas por metro cúbico (μg/m³).
Ainda de acordo com o levantamento, a regional do Baixo Acre lidera o ranking de criticidade na qualidade do ar.
A capital acreana, Rio Branco, registrou uma média de 193,65 (μg/m³), 13 vezes acima do recomendado pela OMS, o que torna a concentração de partículas na cidade em nível péssimo.
Também nas regionais do Alto Acre, Purus, Tarauacá-Envira e Juruá, a concentração de poluentes se manteve em nível muito ruim, durante todo o dia.
Veja o vídeo: