O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) concluiu, nesta segunda-feira (2/9), o recolhimento de todas as provas e materiais administrativos utilizados durante a aplicação do Concurso Nacional Unificado (CNU), realizado no dia 18 de agosto.
O processo de logística reversa envolve o retorno de todos os materiais utilizados nos 228 municípios para o local de processamento. “O processo da logística reversa, assim como todas as outras etapas do CPNU, contou com o apoio de todos os órgãos de segurança, como a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), secretarias estaduais de Segurança e Ministério da Justiça”, explica o coordenador de logística do Concurso Nacional Unificado, Alexandre Retamal.
Após a chegada das provas na sede da Cesgranrio, todos os cartões de resposta e outros documentos passarão por um processo de digitalização. O processo garante que todos os registros serão preservados de forma adequada e que o acesso às informações estará assegurado.
Conforme previsto em edital, as imagens dos cartões de resposta serão disponibilizadas no dia 10 de setembro, a partir das 10h. Os candidatos poderão acessar esse material na área do candidato, mesma página onde foi realizada a inscrição para o CNU.
Denúncias CNU
Como publicado pelo Metrópoles, um um grupo com mais de 4,6 mil candidatos de todo o país, até o momento, reunidos em três canais de comunicação, denuncia uma série de irregularidades na aplicação do concurso. Entre elas, falta de isonomia, a suposta ausência de treinamento e orientações erradas por parte dos fiscais da prova e, até mesmo, um erro no edital.
Nas redes socias, o grupo de candidatos que se sentem lesados pela aplicação do CNU compartilha suas experiências com o primeiro concurso unificado. “Dediquei a minha alma para essa prova. Estudei por meses. Meus fiscais atrasaram na aplicação da prova”, escreveu uma candidata. “Na minha sala geral esqueceu de marcar o tipo de gabarito e a fiscal ficou com pena e pintou de quem tinha esquecido. Inclusive a minha”, escreveu outro.
Mais: “Sou PCD (baixa visão) e realizei a prova do CNU com atendimento especial. A prova veio ampliada, mas o gabarito estava em tamanho normal. Além disso, as duas fiscais afirmaram que bastava a frase para identificação do caderno incluisve, conferiram nossos gabaritos, dizendo que estavam ‘ok’”, relatou uma das pessoas a Camila, que reúne diversas denúncias.
Em nota, a Fundação Cesgranrio e o MGI informam que, quanto aos fiscais de prova, as “intercorrências pontuais foram resolvidas, e não prejudicaram a aplicação. Casos pontuais estão sendo relatados pelos coordenadores de aplicação de cada local de prova para posterior avaliação da organizadora do CPNU.”
Sobre a marcação no cartão-resposta, a banca avaliadora alega que “constava por escrito na capa das provas a instrução para que o candidato fizesse a marcação do tipo de prova. Conforme consta em edital, trata-se obrigação dos candidatos ler com atenção antes de finalizar o preenchimento e a entrega do cartão-resposta.”
O MGI complementa afirmando que consta no edital que o candidato será eliminado caso não siga as instruções que estão na capa da prova.