Com queda do X, BlueSky conquista mais de 2 milhões de novos usuários

Rede social cresce no Brasil após decisão do STF de bloquear o X e busca se ajustar às normas locais para manter operações

Desde a última sexta-feira (30/8), quando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio do X no Brasil, o BlueSky tem atraído milhões de novos usuários. A plataforma foi desenvolvida em 2021 por Jack Dorsey, cofundador do Twitter.

Em menos de uma semana, mais de 2 milhões de brasileiros aderiram à rede social que se apresenta como uma das principais alternativas ao X.

A plataforma foi desenvolvida em 2021 por Jack Dorsey, cofundador do Twitter/Foto: Reprodução

O BlueSky permite publicações em texto de até 256 caracteres, imagens e funções básicas como curtir, comentar e repostar. Contudo, ainda não oferece suporte para vídeos, áudios ou mensagens privadas, o que a diferencia da rede social de Elon Musk.

Mas é questão de tempo até que o BlueSky fique ainda mais parecido com o X. Segundo nota enviada ao Metrópoles, a plataforma já se movimenta para atender aos pedidos dos brasileiros, com atualizações previstas para incluir suporte a vídeos e a tradução de documentos para o português.

“Estamos muito entusiasmados por tê-los aqui. Na próxima atualização do aplicativo, adicionaremos vídeo ao aplicativo! Sabemos que muitos brasileiros têm pedido esse recurso”, informou o BlueSky.

Busca por conformidade legal no Brasil

Com o bloqueio do X, motivado pela ausência de um representante legal da empresa no Brasil, o BlueSky está em alerta para não enfrentar o mesmo destino.

A legislação brasileira exige que empresas estrangeiras possuam representação legal no país para atender a questões jurídicas e administrativas, algo que o X não cumpriu, o que resultou em sua suspensão.

Agora, o BlueSky busca garantir a conformidade com as normas brasileiras, mantendo contato com advogados nos Estados Unidos e no Brasil para viabilizar a representação legal.

“Estamos comprometidos em aprimorar a experiência do usuário e em garantir que nossas operações sigam a legislação brasileira”, afirmou a empresa em nota.

Disputa pelo espaço deixado pelo X

Desde o fechamento do escritório do X no Brasil, em 17 de agosto, a relação entre a plataforma de Elon Musk e o Judiciário brasileiro se deteriorou.

O aplicativo enfrentou notificações e multas por descumprimento de ordens judiciais, culminando na suspensão pelo STF.

Com a retirada do X, o BlueSky e outras plataformas como o Threads, do grupo Meta, surgiram como opções populares para os usuários brasileiros.

PUBLICIDADE