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Esperança em meio à tempestade: encontrando força na vulnerabilidade; confira o artigo de Maysa Bezerra

Por Maysa Bezerra, ContilNet

Em um mundo onde a força é frequentemente medida pela capacidade de permanecer inabalável diante da adversidade, é fácil esquecer o poder transformador da vulnerabilidade. A depressão, uma tempestade silenciosa que afeta milhões, pode fazer com que a expressão de emoções seja vista como um sinal de fraqueza. No entanto, é preciso reconhecer que, às vezes, chorar é um ato de coragem e um passo em direção à cura. Como disse o filósofo romano Sêneca, “A parte mais corajosa de um homem é a que chora”.

No Brasil, a depressão não é uma luta solitária. Estatísticas revelam que 5,8% da população brasileira sofre com essa condição, o que representa cerca de 11,7 milhões de pessoas. Globalmente, quase 1 bilhão de indivíduos enfrentam algum transtorno mental, com a depressão e a ansiedade aumentando mais de 25% no primeiro ano da pandemia. Esses números não são apenas estatísticas, são histórias de vida, sonhos adiados e batalhas diárias contra um inimigo invisível.

A vulnerabilidade é uma ponte para a empatia e a conexão humana. Quando compartilhamos nossas lutas, não apenas aliviamos nosso próprio fardo, mas também iluminamos o caminho para os outros. Um texto como esse que escrevo, para uns pode ser uma grande bobagem, como já ouvi de pessoas “altamente intelectuais”, mas, para outras, que tem se sentindo tristes e solitárias, é um abraço forte. Como disse a poeta e ativista Maya Angelou, “Há uma nobreza em compaixão, uma beleza na empatia, uma graça na bondade”. Ao oferecer nosso ombro, nossa paz e nossa alegria, não estamos apenas ajudando os outros, estamos nos curando. É sobre isso que gosto de falar, é sobre CURA.

É essencial mudar a narrativa em torno da depressão e do choro. Não são sinais de fraqueza, mas sim indicadores de que algo dentro de nós clama por atenção e mudança. Jesus chorou, mostrando que mesmo os mais fortes têm momentos de profunda emoção e desejo por transformação. E assim como Ele, devemos permitir que nossas lágrimas sejam sementes de esperança e renovação.

A jornada para superar a depressão começa na mente. As palavras têm poder, elas podem construir ou destruir, curar ou ferir. É hora de escolher palavras de esperança e ação. Como disse o filósofo grego Epicteto, “Não somos perturbados pelas coisas, mas pela visão que temos delas”. Ao mudar nossa perspectiva, podemos começar a moldar um destino mais brilhante e promissor.

Portanto, não tema as lágrimas, elas são o início de um milagre. Cada gota carrega a promessa de um novo começo e a força para enfrentar a tempestade. Lembre-se, milagres começam na mente, e a transformação começa com um único passo corajoso: permitir-se ser vulnerável.

Seja um (a) sobrevivente,

Maysa Bezerra

Escritora

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