Aos 37 anos e aposentado desde 2021, Nilton mantém atividade profissional, mas bem distante do futebol. Campeão por Corinthians, Cruzeiro e Vasco, o ex-volante cuida de uma empresa no ramo da construção civil, onde planeja ter carreira duradoura.
“Quando eu aposentei, entrei de cabeça nesse ramo, e eu não quero sair tão cedo. Estou indo para três anos. É uma coisa louca, uma intensidade, com um ritmo totalmente diferente do campo. Vou direcionando, surgem alguns problemas e não dá para fazer vista grossa.”
Apesar da responsabilidade de coordenar a equipe — que hoje conta com mais de dez funcionários, entre diferentes funções —, Nilton conta que faz questão de estar presencialmente nas obras, inclusive ajudando no trabalho braçal. A esposa dele, que o acompanhava de perto nos tempos de jogador, também atua na empresa.
— Eu não paro muito nas obras. Têm azulejistas, pedreiros, rapaziada que restaura o piso de madeira… a cancha é legal, aqui é pior. Aqui a gente pega cimento, areia. Como o grande Muricy fala, o sobrenome aqui é trabalho. Falo que trabalho mais que eles. O gostoso é isso.
Nilton não entra em campo desde maio de 2021, quando defendeu o Real Tomayapo, da Bolívia. O ex-volante disse que recebeu uma proposta para disputar o Campeonato Goiano de 2024, mas rejeitou justamente em função do tempo exigido pela empresa do ramo de construção civil.
“Eu tive uma proposta em setembro (de 2023) para apresentar em fevereiro (de 2024), mas eu neguei. Pelo amor de Deus, a obra toma muito tempo. Era em Goiânia, só vou falar isso (risos).”
Revelado nas categorias de base do Corinthians, Nilton foi campeão brasileiro pelo clube, em 2005, além de ter vencido a Série B de 2008. No ano seguinte, pelo Vasco, também venceu a divisão de acesso, e em 2011 conquistou a Copa do Brasil.
Nilton chegou ao Cruzeiro em 2013 e foi titular absoluto da equipe na conquista do Campeonato Brasileiro. Na temporada seguinte, participou de 26 jogos na campanha do bicampeonato nacional consecutivo. Após deixar a Toca, em 2015, passou por Internacional, Bahia, CSA e Oeste-SP, além de defender o Vissel Kobe, do Japão, e o Real Toamayapo, da Bolívia.