As Paquitas, assistentes de palco da Xuxa, fizeram muito sucesso durante o Xou da Xuxa, mas foram demitidas em massa após um livro publicado pelo ex-diretor do programa, Henrique Schiller. As atrizes Juliana Baroni, Bárbara Borges e Stephanie Lourenço relembraram que a tensão tomou os bastidores da atração.
“Teve muito mal-entendido por causa do livro. Até a própria Xuxa achava que a gente estava querendo destruir a carreira dela. Saímos meio como traidoras da história e foi pesado isso. Quando entrei no palco pela última vez para passar o bastão para a nova geração, foi um dos piores dias da minha vida”, declarou, em entrevista ao Conversa com Bial, do GNT.
O livro em questão tinha o título de Sonhos de Paquita – Nos Bastidores do Xou e trazia desabafos e depoimentos das Paquitas sobre diversos assuntos, inclusive sobre os assédios morais que recebiam de Marlene Mattos.
Por fim, Baroni comentou sobre a série Pra Sempre Paquitas. “É a oportunidade de contar melhor essa história 30 anos depois, com distanciamento, maturidade e com leveza, se é que é possível dizer isso. Foi uma catarse para a minha geração de Paquitas”, encerrou.
Marlene Mattos chamava as Paquitas de “putinhas” durante Xou da Xuxa
A primeira geração de Paquitas, que tinham entre 9 e 14 anos, passou por poucas e boas nos bastidores do programa Xou da Xuxa. Isso por conta da diretora Marlene Mattos que chegou a obrigar que elas ficassem nuas e as chamavam de “putinhas”.
O quarto episódio da série documental Pra sempre Paquitas revela a demissão em massa das meninas por conta do livro Sonhos de Paquita: Nos Bastidores do Show, lançado em 1996, do ex-diretor João Henrique Schiller. Na época, ele reuniu vários desabafos polêmicos das assistentes de palco.
Esses depoimentos estão presente na série documental, incluindo a revelação de que Marlene chamava as garotas de “putinhas” e pedia para elas tirarem a roupa para julgar o peso delas.
“É você se acostumar com esse tipo de abuso e achar que é normal”, comentou a ex-paquita Ana Paula Guimarães, a Catu. “Eu não estava indo para a reunião para tirar a roupa. Eu não estava de sutiã aquele dia. E eu falei: a blusa também? E ela disse: a roupa toda”, lembrou.
“Eu fui a única que não tirei a roupa, porque ela me disse: ‘você não precisa’. Mas eu via as minhas amigas. Não é menos constrangedor”, contou Juliana Baroni.
Ainda no documentário, a ex-paquita Priscila Couto revelou que foi suspensa por Marlene Mattos por não estar no peso ideal.