Gusttavo Lima foi indiciado pela Polícia Civil de Pernambuco por participação em um esquema de lavagem de dinheiro e organização criminosa. As investigações fazem parte da Operação Integration, que prendeu a advogada Deolane Bezerra e ainda acompanha 53 outros alvos em seis estados brasileiros.
O indiciamento do sertanejo ocorreu no dia 15 de setembro e ele teve a prisão preventiva expedida pela juíza Andrea Calado da Cruz na última segunda-feira (23). No mesmo dia, a decisão foi revogadapelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, do Tribunal de Justiça de Pernambuco.
Agora, segundo informações divulgadas no ‘Fantástico’, da TV Globo, cabe ao Ministério Público decidir se denuncia ou não o cantor à Justiça. A defesa do artista alega que ele é inocente.
“A relação de Gusttavo Lima com as empresas investigadas era estritamente de uso de imagem e decorrente da venda de uma aeronave. Tudo feito legalmente, mediante transações bancárias, declarações aos órgãos competentes e registro na Anac”, diz nota divulgada.
Ordem de prisão
O Tribunal de Justiça de Pernambuco decretou a prisão preventiva de Gusttavo Lima por lavagem de dinheiro associada ao jogo do bicho e a jogos de azar, como apostas esportivas e cassinos online. Segundo a decisão judicial, expedida pela juíza Andrea Calado da Cruz, o cantor tem uma relação financeira suspeita com os investigados e os ajudou a fugir da polícia.
No início do mês, o cantor viajou para a Grécia na companhia de dois suspeitos de participar do esquema de jogos ilegais. Segundo a magistrada, na volta, o avião de Gusttavo teria deixado ambos no exterior.
Acusações
Dois pontos principais pesam contra Gusttavo Lima:
- Suspeita de ter dado guarida a foragidos: A investigação aponta que, durante uma viagem à Europa, o cantor teria levado pessoas foragidas da justiça para sua festa de aniversário na Grécia. Na volta, teria deixado essas pessoas na Espanha, demonstrando possível conivência com a criminalidade.
- Ocultação de bens e dinheiro: A justiça também menciona a suspeita de ocultação de bens e dinheiro proveniente dos jogos de internet, as chamadas ‘bets’. A investigação aponta uma movimentação financeira de mais de 9 milhões de reais e relações com os donos da ‘Vai de Bet’.
Pedido de prisão revogado
Gusttavo Lima teve o pedido de prisão revogado no mesmo dia em que foi expedido. Além de revogar o mandado de prisão contra o artista, o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão também suspendeu a apreensão do passaporte e do certificado de registro de arma de fogo, bem como de eventual porte de arma de fogo do sertanejo.