O inspetor de uma escola estadual de São Paulo foi preso por estupro de vulnerável após trocar mensagens pornográficas com alunos. Uma das crianças disse, inclusive, que ele tocou nas partes íntimas dela dentro do banheiro durante o serviço.
Guilherme de Paula Petelincar, de 29 anos, trabalhava como agente de organização na escola Professor João Boemer Jardim, no bairro Parque Tietê, zona norte da capital paulista. Ele foi detido na última terça-feira (17/9) após policiais civis encontrarem pornografia infantil em seu celular.
Quando questionado pela primeira vez, Guilherme negou que tivesse trocado vídeos ou fotos com crianças, mas depois admitiu que manteve “contato virtual” com dois alunos da escola, de 10 e 11 anos de idade.
No celular do inspetor, policiais verificaram que arquivos haviam sido apagados depois de enviados e recebidos. No entanto, por meio do backup do aparelho, encontraram o vídeo de uma criança se masturbando.
Em depoimento, o pai de uma das vítimas disse que, ao tomar conhecimento das denúncias contra o inspetor, vasculhou o celular do filho e encontrou fotos e vídeos enviados para Guilherme, assim como conteúdo pornográfico do próprio funcionário compartilhado com a criança.
A mãe da outra vítima contou que, segundo o relato do filho, Guilherme o levou para o banheiro da escola e fez com que um apalpasse o pênis do outro, além de outras coisas. Guilherme nega que tenha tocado nas crianças.
O inspetor foi indiciado por estupro de vulnerável, por induzir criança a se exibir de forma pornográfica ou sexualmente explícita e por adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia e vídeo de agente público no exercício das funções. Ele teve a prisão convertida para preventiva.
Em nota, a Secretaria da Educação de São Paulo (Seduc) informou que rescindiu o contrato do agente logo após a denúncia. De acordo com a pasta, Guilherme trabalhou por quatro meses na unidade de ensino.
“A pasta e a Diretoria de Ensino Norte 1 colaboram com as autoridades nas investigações. A Seduc-SP é contra qualquer forma de assédio dentro ou fora das escolas”, afirmou.
O Metrópoles não localizou a defesa de Guilherme de Paula Petelincar. O espaço segue aberto para manifestações.