Storm Reveley tinha 19 anos quando começou a sentir uma dor abdominal que, inicialmente, associou ao término de um relacionamento. No entanto, dois meses depois, foi diagnosticada com câncer de ovário.
Ela tentou cortar laticínios da dieta, pensando que esses alimentos poderiam ser o gatilho para os desconfortos, mas as dores abdominais persistiram, acompanhadas de mal-estar e de falta de apetite.
“Não conseguia comer nada. Comia só um pouco e já me sentia cheia, o que não era comum para mim”, contou Storm, em entrevista ao The Mirror. Ela também começou a perder peso, a sentir inchaço e episódios de tontura. “Parecia que eu estava o tempo todo me arrastando. Comecei a acordar no meio da noite com dor na bexiga e meus movimentos intestinais estavam irregulares”.
Diagnóstico do tumor no ovário
Storm procurou um médico, que inicialmente suspeitou de síndrome do intestino irritável (SII), recomendou mudanças na dieta e que ela voltasse se a dor piorasse. Dias depois, uma amiga da faculdade notou que ela estava com muita dor e a levou ao hospital.
“Uma enfermeira examinou minha barriga e disse que podia sentir uma massa”, lembra ela. “Ela disse que sentiu algo do tamanho de um feto de 18 semanas. No dia seguinte, fiz um ultrassom e eles não conseguiram ver meu ovário”.
Era maio de 2021, Storm foi internada para realizar uma tomografia computadorizada, mas o estado dela piorou. Os médicos decidirem por uma cirurgia de emergência para retirar o tumor que haviam identificado.
Inicialmente, eles pensaram que era um cisto ovariano. Após uma cirurgia de seis horas, a massa foi removida. Em junho de 2021, os exames confirmaram que Storm tinha um câncer de ovário de células germinativas. “Quando recebi o diagnóstico, minha primeira reação foi chorar”, relembra.
Ela iniciou quimioterapia no final daquele mês e completou o tratamento em setembro de 2021. Embora tenha mantido uma atitude positiva durante o processo, Storm admitiu que enfrentou dificuldades emocionais após o término do tratamento.
“Não me permiti sentir raiva, frustração ou tristeza durante o tratamento. Mas isso afeta você mesmo quando tudo acaba. Não termina de verdade quando você toca o sino”, refletiu.